terça-feira, 27 de setembro de 2016

Policial e ex-agentes são suspeitos de roubar R$ 33 milhões de casa no Rio


Bruno AlbernazDo G1 Rio
A Polícia Civil e a Polícia Federal realizaram uma operação na manhã desta segunda-feira (26) no Rio de Janeiro para prender criminosos que roubaram R$ 33 milhões em dólares e euros dentro de uma casa. Dos quatro mandados de prisão expedidos, três tinham sido cumpridos até as 8h desta segunda – dois deles ex-policiais. O único que não foi preso é policial civil da ativa.
Além das prisões, os agentes também tentam cumprir 40 mandados de busca e apreensão, todos relacionados ao roubo da quantia pertencente ao empresário Miguel Ângelo Jacob, que estavam na casa da mãe dele em um condomínio na Barra da Tijuca, na Zona Oeste. Um mês após o roubo o empresário foi assassinado.
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“Policiais civis, federais e policias da ativa estariam envolvidos na execução do empresário Miguel Ângelo Jacob”, diz o delegado Fábio Cardoso, responsável pela investigação.
O valor estava guardado em uma arca na sala de TV. Os criminosos se disfarçaram de policiais federais e simularam uma operação de busca e apreensão.
Foram presos Marcos Paulo Silva Rocha, ex-policial-federal demitido; Rodrigo Sandes, ex-policial civil demitido e Eduardo Madureira, o único que não é policial. O quarto suspeito, que ainda não foi preso, é um policial civil da ativa. A polícia não divulgou o nome mas espera concretizar a prisão desse quarto suspeito nas próximas horas.
Na casa do ex-policial federal, Marcos Paulo Silva Rocha, a polícia encontrou cerca de R$ 20 mil, 2 mil euros e aproximadamente US$ 1,5 mil. Uma moto avaliada em R$ 50 mil e cordões de ouro também foram apreendidos pela polícia na manhã desta segunda.
Segundo o delegado Fábio Cardoso, ele seria o principal responsável pelo roubo. “O Rocha já tem um histórico de crimes e furtos na própria unidade onde trabalhava. Ele já havia sido demitido há 10 anos. O perfil dele aponta que pode ser ele o grande cabeça de tudo isso”
O empresário Miguel Ângelo Jacob foi morto em abril deste ano, quando deixava o filho na escola em um condomínio na Barra da Tijuca. Ele foi assassinado na frente da criança e da mulher. Miguel era suspeito de falsificar remédios e, segundo a polícia, havia processos trabalhistas contra ele. Por isso, a maior parte do dinheiro que tinha não estava em contas bancárias e era guardado na casa.
Durante a investigação do caso a Divisão de Homicídios descobriu que a motivação do assassinato foi o roubo dos R$ 33 milhões. A polícia espera que a partir das prisões consiga chegar aos assassinos do empresário.

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