sexta-feira, 29 de julho de 2016

Advogado diz que preso pela PF no RJ é suspeito de ligação com terrorismo


Do G1 Rio
Chaer Kalaun, de 28 anos, preso na noite desta quarta-feira (27) pela Polícia Federal em Nova Iguaçu (Foto: Reprodução/TV Globo)Chaer Kalaun, de 28 anos, preso na noite desta
quarta-feira (27) pela Polícia Federal em
Nova Iguaçu (Foto: Reprodução/TV Globo)
O advogado do brasileiro Chaer Kalaun, de 28 anos, preso na noite desta quarta-feira (27) pelaPolícia Federal, disse que o jovem é suspeito de ter ligação com grupos terroristas. Segundo o defensor, Edson Ferreira, um juiz federal decretou a prisão temporária de Kalaum devido a algumas postagens que ele fez em redes sociais.
“Não há uma acusação básica, uma acusação completa, uma acusação definida. Apenas há suposições de que ele teria feito postagens no Facebook, postagens de ligações e até com relação ao Estado Islâmico, mas que não tem nada objetivo com relação a ele.", disse o advogado. Kalaun foi preso em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.
"Ele não tem qualquer vinculação com o Estado Islâmico. Ele não tem ligação nenhuma, o que chamam por aí de batismo. Então, não estaria recrutando, não estaria trazendo pessoas, não estaria colaborando e não estaria incentivando projetos do Estado Islâmico”, acrescentou Ferreira.
Kalaun é brasileiro e neto de libaneses. Na infância, chegou a morar alguns anos com a avó no Líbano. Segundo reportagem da GloboNews, em 2014 ele foi preso por porte ilegal de arma de fogo, mas conseguiu o direito de responder em liberdade pouco tempo depois.
Operação Hashtag
Em dia 21 de julho, a Polícia Federal deflagrou a "Operação Hashtag", que prendeu 12 pessoas suspeitas de terrorismo em 8 estados.

No primeiro dia da operação foram compridos 10 mandados de prisão em 7 estados. As demais prisões ocorreram em Mato Grosso: no dia 22, o penúltimo foragido se entregou à PF na cidade de Vila Bela da Santíssima Trindade; no dia 24, o último suspeito foi localizado pela Polícia Militar de MT em Comodoro.

Todos os presos na operação da PF estão na penitenciária federal de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul. A detenção é considerada de segurança máxima, e abriga presos perigosos, como o traficante Fernandinho Beira-Mar.

As prisões foram as primeiras prisões no Brasil com base na recente lei antiterrorismo, sancionada em março pela presidente afastada, Dilma Rousseff.
Também foram as primeiras detenções por suspeita de ligação com o grupo terrorista Estado Islâmico, que atua no Oriente Médio, mas tem cometido atentados em várias partes do mundo.
Além das prisões, foram cumpridos 19 mandados de busca e apreensão em dez estados – São Paulo (8); Goiás (2); Amazonas (2); Rio Grande do Sul, Paraná, Rio de Janeiro, Paraíba, Ceará, Minas Gerais e Mato Grosso (um em cada). Houve ainda duas conduções coercitivas, em São Paulo e Minas Gerais.

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