24/11/2017, 18h31, Foto: G1
O ex-governador Anthony Garotinho será transferido da Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, para Bangu 8, no Complexo Penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste do Rio, por determinação da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap). Garotinho ficará isolado em uma cela monitorada por uma câmera 24 horas por dia. A transferência foi feita como punição por não ter provado as supostas agressões que disse ter sofrido na madrugada.
Segundo a Seap, o ex-governador estava sozinho em uma galeria composta por nove celas todas vazias, em Benfica. E as imagens das câmeras de segurança da unidade não mostram a presença de qualquer pessoa ou estranhos que pudessem comprovar a suposta agressão.
A decisão aconteceu mesmo após a Vara de Execuções Penais (VEP) do Tribunal de Justiça do Rio negar o pedido do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) para que o ex-governador fosse transferido do presídio em Benfica. Segundo o MPRJ, a permanência dele no mesmo presídio em que estão detentos da Lava-Jato apresentaria riscos à integridade física do político.
Mais cedo, o juiz Ralph Manhães, da 98ª Zona Eleitoral de Campos, se manifestou a favor da transferência do ex-governador para um presídio de segurança máxima.
Na parte da manhã, Garotinho foi levado à 21ª DP (Bonsucesso) para prestar queixa. Durante depoimento, ele contou que um homem entrou na cela dele de madrugada e bateu nele com um porrete, além de fazer ameaças com uma arma.
Dentro da prisão, Garotinho chegou a ser atendido pelo ex-secretário de Saúde Sérgio Côrtes, aliado do ex-governador Sérgio Cabral. Côrtes está preso sob a acusação de receber propina e trabalha na enfermaria da prisão em Benfica, para onde estão sendo levados os presos da Lava-Jato no Rio.
De acordo com o delegado responsável pelo caso, Wellington Vieira, o ex-governador poderá ser indiciado por falsa comunicação de crime, caso seja comprovado que ele não foi agredido em sua cela.
O delegada ainda afirma que Garotinho foi advertido sobre o risco de ser indiciado se sua versão não fosse verdadeira.
— Se ele não estiver falando a verdade, poder ser indiciado. Mas o caso ainda está sendo apurado. Vamos verificar a versão apresentada, disse o delegado.
Fonte: G1 RJ
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