segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Delegado federal cita propina da Odebrecht em Campos



O ex-ministro Antônio Palocci foi preso preventivamente na manhã desta segunda-feira (26/09), quando a Polícia Federal deflagrou a nova fase da Operação, chamada Operação Omertá. A operação se dá, em face do envolvimento de Palocci com a construtora Odebrecht.

Durante a entrevista coletiva, o delegado da Polícia Federal, Felipe Hille Pace, destacou que há provas documentais de pagamento de propinas feitas por Marcelo Odebrecht a vários agentes políticos, inclusive no estado do Rio e nos municípios de Rio das Ostras e Campos.

“Em decorrência do material da 23ª fase (quando foram apreendidas as planilhas), a gente pode mais uma vez afirmar com grande certeza que Marcelo Bahia Odebrecht coordenava e autorizava diversos pagamentos de propina não só para Antônio Palocci Filho, mas também para obras de diversos tipos de administração federal, estadual, e que ele tinha ciência e que ele autorizava tais pagamentos”, afirmou o delegado.

“Aqui eu cito, apenas pra demonstrar como ele tinha poder de direção não só da empresa, mas também dos pagamentos de propina, obras em que ele autorizou isso está documentalmente provado, propinas relacionadas a linha dois do metrô de São Paulo, contratos com a empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo, reformas em centros educacionais e universitários e aqui havia ajuste com a OAS para pagamento de propina. Pagamento de propinas no metrô de Ipanema, no Rio de Janeiro, no Porto de Laguna, de tratamento de lixo em São Paulo”, disse.

E a lista prossegue: Obras no município de Rio das Ostras, obras de construção de presídios, penitenciárias e casas de custódia no Rio de Janeiro, obras de reforma do aeroporto Santos Dumont, modernização do autódromo de Jacarepaguá, obras das piscinas olímpicas do Panamericano de 2007, obras da terceira perimetral de Porto Alegre, obras no hospital de Campos dos Goytacazes. E além dessas autorizações que foram encontradas em e-mails, onde Marcelo autorizava diversos executivos que ele demandava essa autorização”, afirmou o delegado Felipe Pace.

O delegado não citou o período em que essas propinas foram pagas e nem citou nomes de agentes públicos.

 Fonte Ururau

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