quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Instituto faz expedição e registra tragédia da lama no Rio Doce

Viviane MachadoDo G1 ES
Fotógrafo registra imagens dos impactos da lama da Samarco no Rio Doce (Foto: Leonardo Merçon/ Últimos Refúgios)Fotógrafo registra imagens dos impactos da lama da Samarco (Foto: Leonardo Merçon/ Últimos Refúgios)
O Instituto Últimos Refúgios realizou uma expedição para fotografar a tragédia vivida às margens do Rio Doce após o rompimento das barragens da Samarco, cujos donos são a Vale e a anglo-australiana BHP.
Os registros foram feitos entre os dias 17 e 22 de novembro, entre Governador Valadares, emMinas Gerais, e Regência, no Espírito Santo.
Pescador chora ao ver peixes mortos no Rio Doce (Foto: Herone Fernandes Filho/ Instituto Últimos Refúgios)Pescador chora ao ver peixes mortos no Rio Doce (Foto: Herone Fernandes Filho/ Instituto Últimos Refúgios)
As fotografias do projeto "Lágrimas do Rio Doce" mostra os impactos da lama na fauna e flora do Rio Doce. O fotógrafo Herone Fernandes Filho, que fez parte da expedição, registrou as lágrimas de um pescador que chorava ao recolher os peixes mortos no rio.
"Estando ás margens do Rio Doce, pude ver de perto a destruição causada pelos rejeitos da barragem da Samarco, perceber o que as populações ribeirinhas estão sentindo.De todos, o relato feito pelos índios foi o que mais me tocou. Foi pra eles a perda de parte de sua identidade. Reclamaram não dos prejuízos materiais, reclamaram simplesmente a morte do rio!", disse Herone.
O fundador do Instituto Últimos Refúgios, Leonardo Merçon, também participou da expedição. "Nossa equipe, que fotografou partes do rio uma semana antes da lama tomá-lo, voltou aos mesmos locais para procurar os belos animais que havíamos encontrado e ver como estavam. Para nossa tristeza, encontramos morto um dos marrecos que havíamos fotografado na semana anterior, exatamente no mesmo local", relatou.
Os fotógrafos também encontraram animais tentando se alimentar no rio completamente poluído. "Alguns outros animais ainda encontramos dentro do rio sujo e ficamos ainda mais tristes por vê-los alimentando-se e bebendo uma água tão prejudicial. Importante alertar de que temos relatos de pessoas ficando doentes por terem entrado em contato com a água do rio, ou por beberem água de fontes duvidosas, devido a sede", concluiu.
Fotógrafo registra imagens dos impactos da lama da Samarco no Rio Doce (Foto: Leonardo Merçon/ Últimos Refúgios)Fotógrafo registra imagens dos impactos da lama da Samarco (Foto: Leonardo Merçon/ Últimos Refúgios)
Fotógrafo registra imagens dos impactos da lama da Samarco no Rio Doce (Foto: Leonardo Merçon/ Últimos Refúgios)Fotógrafo registra imagens dos impactos da lama da Samarco (Foto: Leonardo Merçon/ Últimos Refúgios)

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