quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Empresa canadense vai identificar danos em Baixo Guandu, ES


Diony Silva e Katilaine ChagasDa CBN Vitória e de A Gazeta
 Lama de rejeitos de minério de ferro, em Baixo Guandu (Foto: Guilherme Ferrari/ A Gazeta)Lama de rejeitos de minério de ferro, em Baixo Guandu (Foto: Guilherme Ferrari/ A Gazeta)
Uma empresa de consultoria ambiental do Canadá vai ser responsável por fazer o levantamento dos danos provocados em Baixo Guandu, Noroeste do Espírito Santo, pela passagem da lama proveniente do rompimento das barragens da Samarco, cujos donos donos são a Vale a anglo-australiana BHP Billiton, em Mariana, Minas Gerais.
Após uma reunião realizada nesta quarta-feira (25) entre representantes da mineradora e a prefeitura do município, ficou definido que a região receberá todo suporte da consultoria que tem ação em diversas partes do mundo.
De acordo com a secretária de meio ambiente de Baixo Guandu, Ivone Gobbo, a partir desta quinta-feira (26) os técnicos da empresa canadense já estarão na cidade para realizar as análises. Serão coletadas amostras da água, da fauna e flora, para o desenvolvimento de futuros projetos de recuperação do manancial na região.
A proposta é identificar, além dos impactos na área ambiental, quais foram os danos socieconômicos provocados no município. “Primeiro, a empresa vai fazer um levantamento em cinco dias, social, ambiental e econômico. Depois, eles voltam e colocam as ações que serão tomadas”, explicou.
A secretária acrescentou que além das toneladas de peixes que apareceram mortos na região, ainda é possível ver nas margens do rio diversas espécies agonizando por falta de oxigênio e pela elevada turbidez da água.
Baixo Guandu
Alegando que a Samarco não deu resposta sobre o futuro dos pescadores, o prefeito de Baixo Guandu, Neto Barros, disse que vai levar os profissionais para a porta da empresa como forma de cobrança.
“Já falei com eles. São 250 homens. Coloco tudo dentro de um ônibus e vamos”, falou o prefeito. Ele exige da Samarco o pagamento de uma remuneração mensal para manter os trabalhadores que viviam dos peixes do Rio Doce.
O prefeito relata ainda que os revendedores de peixe estão com dificuldade para fazer a venda e para realizar o pagamento aos pescadores.

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