Fotos: Dorlany Del Esposti
Há 20 anos Projeto Tamar protege ninhos e ovos nas praias da região
De setembro a março é o
período de desova de tartarugas na região Norte do Estado. Os animais
procuram as praias de Campos, São João da Barra e São Francisco de
Itabapoana para fazerem os ninhos. Para ajudar a sobrevivência dos
filhos a equipe do Projeto Tamar capturam os ovos e colocam em um local
seguro para que as novas tartaruguinhas nasçam em segurança.
O Tamar está presente na praia de Farol de São Thomé desde 1992. Os biólogos, agentes e tartarugueiros atuam em cerca de 105 km de litoral. Eles utilizam veículos apropriados para trafegar na orla e assim não quebrar ou soterrar os ninhos.
Segundo a bióloga Daniella Torres, na região foi registrada a desova da espécie careta careta, mais conhecida como tartaruga cabeçuda. Cada animal adulto pode medir mais de um metro, da cabeça a cauda.
O trabalho de captura dos ovos começa bem cedo, antes das seis horas da manhã, os tartarugueiros seguem pela orla em busca dos rastros das tartarugas deixados na areia. Os animais fazem esse caminho durante a madrugada, cavam o buraco e põem cerca de 120 ovos cada, que parecem com bolas de tênis de mesa e tem a casca mais sensível e maleável que a de um ovo de galinha.
“No
período de desova nosso trabalho é monitorar os ninhos, fazer a captura
desses ovos e levá-los para um local seguro. Só no ano passado nós
monitoramos cerca de 1.600 ninhos”, disse.
Em Farol foi montado uma espécie de “berçário” e quando os ovos são recolhidos da orla, eles são colocados em caixas de isopor e cobertos com areia. Antes das oito horas da manhã eles são transferidos para os novos ninhos, feitos pelos agentes do Tamar. A equipe tentar fazer um ninho o mais parecido possível com os que as tartarugas fazem naturalmente, com 60 centímetros.
De acordo com Daniella, é a temperatura da areia que define o sexo dos filhotes. “Estudos feitos no Estado da Bahia aponta que quanto mais quente é a areia, maior o número de fêmeas que nascem. Já quanto menor é a temperatura, mais machos. Aqui na região provavelmente nasce mais machos e na Bahia e Espírito Santo, mais fêmeas”, informou.
As
tartarugas demoram em média 45 dias para nascer. Para este ano a equipe
já fez 107 ninhos e os filhotes devem começar a nascer no início de
dezembro.
“A cada mil filhotes apenas um ou dois chegam à idade adulta. As tartarugas têm por hábito desovar no mesmo local onde nascem, num intervalo de um a dois anos. A gente faz um monitoramento noturno dos animais que vem desovar aqui e algumas têm marcação com anilha. Colocamos duas nas nadadeiras da frente”, comentou.
O
agente local, Luiz Maurício Nogueira, se diz feliz em participar do
Projeto. “Entrei para o Tamar já com a experiência de pescador que eu
tinha e estou há três anos e meio. Os pescadores daqui estão muito mais
conscientes sobre as espécies que existem aqui. Nós fazemos um trabalho
de conscientização nas escolas, e os filhos acabam sempre passando o que
aprendem para os pais”, informou.
Quando perguntado sobre o que mais gosta no projeto. A resposta está na ponta da língua: “Gosto quando elas nascem. Acho muito bonitinho e sinto o dever cumprido”, respondeu Luiz.
Em algumas praias como as praias de Farolzinho e Maria Rosa, o Projeto Tamar deixa os ovos em ninhos naturais.
“Nesses locais são área que não existem iluminação pública e nem tráfego de veículos e por isso os deixamos lá com placas identificando cada ninho. Mas a gente sempre orienta a população para que não tire essas identificações e nem trafeguem com veículos pesados, pois aterram mais os ninhos e os filhotes acabam não tendo como sair. A questão do lixo também é importante. Já fizemos necropsia em algumas tartarugas e encontramos de tudo no estômago delas, como sacolas plásticas e palitos de pirulito. Por isso pedimos para que os banhistas não joguem lixo na orla”, finalizou.
O Tamar está presente na praia de Farol de São Thomé desde 1992. Os biólogos, agentes e tartarugueiros atuam em cerca de 105 km de litoral. Eles utilizam veículos apropriados para trafegar na orla e assim não quebrar ou soterrar os ninhos.
Segundo a bióloga Daniella Torres, na região foi registrada a desova da espécie careta careta, mais conhecida como tartaruga cabeçuda. Cada animal adulto pode medir mais de um metro, da cabeça a cauda.
O trabalho de captura dos ovos começa bem cedo, antes das seis horas da manhã, os tartarugueiros seguem pela orla em busca dos rastros das tartarugas deixados na areia. Os animais fazem esse caminho durante a madrugada, cavam o buraco e põem cerca de 120 ovos cada, que parecem com bolas de tênis de mesa e tem a casca mais sensível e maleável que a de um ovo de galinha.
“No
período de desova nosso trabalho é monitorar os ninhos, fazer a captura
desses ovos e levá-los para um local seguro. Só no ano passado nós
monitoramos cerca de 1.600 ninhos”, disse.Em Farol foi montado uma espécie de “berçário” e quando os ovos são recolhidos da orla, eles são colocados em caixas de isopor e cobertos com areia. Antes das oito horas da manhã eles são transferidos para os novos ninhos, feitos pelos agentes do Tamar. A equipe tentar fazer um ninho o mais parecido possível com os que as tartarugas fazem naturalmente, com 60 centímetros.
De acordo com Daniella, é a temperatura da areia que define o sexo dos filhotes. “Estudos feitos no Estado da Bahia aponta que quanto mais quente é a areia, maior o número de fêmeas que nascem. Já quanto menor é a temperatura, mais machos. Aqui na região provavelmente nasce mais machos e na Bahia e Espírito Santo, mais fêmeas”, informou.
As
tartarugas demoram em média 45 dias para nascer. Para este ano a equipe
já fez 107 ninhos e os filhotes devem começar a nascer no início de
dezembro.“A cada mil filhotes apenas um ou dois chegam à idade adulta. As tartarugas têm por hábito desovar no mesmo local onde nascem, num intervalo de um a dois anos. A gente faz um monitoramento noturno dos animais que vem desovar aqui e algumas têm marcação com anilha. Colocamos duas nas nadadeiras da frente”, comentou.
O
agente local, Luiz Maurício Nogueira, se diz feliz em participar do
Projeto. “Entrei para o Tamar já com a experiência de pescador que eu
tinha e estou há três anos e meio. Os pescadores daqui estão muito mais
conscientes sobre as espécies que existem aqui. Nós fazemos um trabalho
de conscientização nas escolas, e os filhos acabam sempre passando o que
aprendem para os pais”, informou.Quando perguntado sobre o que mais gosta no projeto. A resposta está na ponta da língua: “Gosto quando elas nascem. Acho muito bonitinho e sinto o dever cumprido”, respondeu Luiz.
Em algumas praias como as praias de Farolzinho e Maria Rosa, o Projeto Tamar deixa os ovos em ninhos naturais.“Nesses locais são área que não existem iluminação pública e nem tráfego de veículos e por isso os deixamos lá com placas identificando cada ninho. Mas a gente sempre orienta a população para que não tire essas identificações e nem trafeguem com veículos pesados, pois aterram mais os ninhos e os filhotes acabam não tendo como sair. A questão do lixo também é importante. Já fizemos necropsia em algumas tartarugas e encontramos de tudo no estômago delas, como sacolas plásticas e palitos de pirulito. Por isso pedimos para que os banhistas não joguem lixo na orla”, finalizou.
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