Adolescente apreendido por suspeita de matar médico foi ouvido na Justiça.
'Ele não estava no lugar [do crime]', disse advogado Alberto Junior.
O jovem de 16 anos suspeito de participar da ação que acabou com a morte do médico Jaime Gold prestou depoimento informal ao Ministério Público do Rio de Janeiro nesta segunda-feira (25). Ele vai continuar detido no Degase até decisão judicial que pode sair até o fim do dia.
O advogado Alberto Junior informou que o jovem só está detido por ter descumprido uma medida socioeducativa em fevereiro. A oitiva começou com atraso de mais de uma hora. Ele nega que tenha cometido o crime.
"O adolescente nega qualquer participação e autoria com propriedade. Ele não estava no lugar [do crime]. Ele estava em casa", disse o defensor.
A partir do depoimento, o Ministério Público decidiu encaminhar uma representação – equivalente a uma denúncia – à Justiça. Nela, a promotora pode pedir a internação provisória por até 45 dias e o juiz decide se o suspeito responderá em liberdade. Em até três dias, uma audiência definitiva deve ser marcada para julgá-lo.
15 apreensões
Apesar de já ter tido 15 passagens pela polícia, o menor nunca ficou internado. Ele foi apreendido dois dias após o crime, mas não confessou o ataque ao médico, apesar de ter admitido que praticava roubos de bicicletas na orla da Lagoa, e as revendia em comunidades de Manguinhos, no Subúrbio.
Apesar de já ter tido 15 passagens pela polícia, o menor nunca ficou internado. Ele foi apreendido dois dias após o crime, mas não confessou o ataque ao médico, apesar de ter admitido que praticava roubos de bicicletas na orla da Lagoa, e as revendia em comunidades de Manguinhos, no Subúrbio.
No entanto, o adolescente foi reconhecido por uma testemunha, e segue sendo acompanhado pela Polícia Civil, MP e Juizado da Infância e Juventude. A Polícia Civil tenta agora encontrar o segundo suspeito de ter participado do crime que levou à morte do médico.
Segundo a Secretaria de Desenvolvimento Social, o menor apreendido já chegou a frequentar a escola e tinha boas notas mas, em 2012, discutiu com um professor e não voltou mais. O Conselho Tutelar chegou a acionar a família dele, mas ninguém apareceu.
A mãe do adolescente estava cadastrada no programa Bolsa-Família, mas perdeu o direito ao benefício quando o filho desistiu de estudar. Eles moram numa casa cedida por outro programa social do governo federal, o Minha casa, minha vida, em Manguinhos.
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