segunda-feira, 25 de maio de 2015

Defesa diz que menor estava em casa quando Jaime Gold foi esfaqueado


Adolescente apreendido por suspeita de matar médico foi ouvido na Justiça.
'Ele não estava no lugar [do crime]', disse advogado Alberto Junior.

Gabriel BarreiraDo G1 Rio
O jovem de 16 anos suspeito de participar da ação que acabou com a morte do médico Jaime Gold prestou depoimento informal ao Ministério Público do Rio de Janeiro nesta segunda-feira (25). Ele vai continuar detido no Degase até decisão judicial que pode sair até o fim do dia.
O advogado Alberto Junior informou que o jovem só está detido por ter descumprido uma medida socioeducativa em fevereiro. A oitiva começou com atraso de mais de uma hora. Ele nega que tenha cometido o crime.
"O adolescente nega qualquer participação e autoria com propriedade. Ele não estava no lugar [do crime]. Ele estava em casa", disse o defensor.
A partir do depoimento, o Ministério Público decidiu encaminhar uma representação – equivalente a uma denúncia – à Justiça. Nela, a promotora pode pedir a internação provisória por até 45 dias e o juiz decide se o suspeito responderá em liberdade. Em até três dias, uma audiência definitiva deve ser marcada para julgá-lo.
RJ menor suspeito de matar ciclista apreendido 02 (Foto: Reprodução/TV Globo)Menor foi apreendido no dia seguinte após a morte
de Jaime (Foto: Reprodução/TV Globo)
15 apreensões
Apesar de já ter tido 15 passagens pela polícia, o menor nunca ficou internado. Ele foi apreendido dois dias após o crime, mas não confessou o ataque ao médico, apesar de ter admitido que praticava roubos de bicicletas na orla da Lagoa, e as revendia em comunidades de Manguinhos, no Subúrbio.
No entanto, o adolescente foi reconhecido por uma testemunha, e segue sendo acompanhado pela Polícia Civil, MP e Juizado da Infância e Juventude. A Polícia Civil tenta agora encontrar o segundo suspeito de ter participado do crime que levou à morte do médico.
Segundo a Secretaria de Desenvolvimento Social, o menor apreendido já chegou a frequentar a escola e tinha boas notas mas, em 2012, discutiu com um professor e não voltou mais.  O Conselho Tutelar chegou a acionar a família dele, mas ninguém apareceu.
A mãe do adolescente estava cadastrada no programa Bolsa-Família, mas perdeu o direito ao benefício quando o filho desistiu de estudar.  Eles moram numa casa cedida por outro programa social do governo federal, o Minha casa, minha vida, em Manguinhos.

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