Para delegado, agentes agiram com excesso e agrediram menor.
Quatro agentes socieducativos do Instituto de Atendimento Socioeducativo do Espírito Santo (Iases) foram indiciados pelo crime de tortura qualificada pela morte de um interno, que aconteceu no dia 6 de abril deste ano. Segundo o delegado, a prisão dos agentes envolvidos já foi pedida à Justiça.
O adolescente de 17 anos morreu na Unidade de Internação Provisória (Unip II), em Cariacica, Grande Vitória, após uma confusão. Na época, o Iases disse que por volta de 0h30 os adolescentes começaram a bater na porta dos alojamentos.
saiba mais
O jovem que morreu participou da movimentação. O Instituto informou que, no momento em que a situação estava sendo controlada, o jovem apresentou sintomas de mal estar e desmaiou.
Segundo a polícia, por meio de imagens de videomonitoramento gravadas no dia da morte, foi possível ver que o adolescente resistiu muito quando os agentes tentaram retirá-lo do alojamento.
De acordo com o delegado Gabriel Monteiro, os agentes atuaram com excesso, cometendo agressões. Depois, eles prestaram primeiros socorros ao menor e o encaminharam ao atendimento médico, mas ele não resistiu.
“Pela análise das filmagens, observa-se que houve excesso no procedimento, que levou à morte. Ele sofreu agressões como chutes, socos, joelhadas, apertos no pescoço. Os agentes foram ouvidos e alegaram que agiram dentro do procedimento adotado pelo Iases”, disse.
A diretora presidente do Iases, Ana Maria Petroneto, disse que o Instituto não aprova a postura dos agressores.
“O estado e o Iases não vão tolerar a violência contra o adolescente, não vão tolerar a violência dentro das suas instalações, não vão tolerar que o adolescente ao invés de ser socioeducado sofra uma violência quando está sob a responsabilidade do estado”, finalizou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário