domingo, 10 de maio de 2015

Quase 10% dos bebês de 2014 nasceram prematuros no ES


Dados são da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa).
Número se refere a hospitais públicos e particulares.

Juirana NobresDo G1 ES
Gabriela Benedita dos Santos é mãe da Ana Clara Araújo  (Foto: Juirana Nobres/ G1)Gabriela Benedita dos Santos é mãe da Ana Clara
Araújo (Foto: Juirana Nobres/ G1)
Em todos os hospitais públicos e particulares do Espírito Santo, em 2014, nasceram 56.428 bebês . A Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) informou que deste total, 5.427, o que representa 9,6%, nasceram antes da 37ª semana, considerados prematuros. 
Durante dois meses, o G1 acompanhou a rotina das mães de prematuros que deixaram tudo de lado para ajudar na batalha dos filhos pela vida, no Hospital Universitário Cassiano Antônio de Moraes (Hucam).
A reportagem mostrou a história de uma mãe 'prematura', que teve a filha na adolescência, contou como mães aos 40 anos enfrentaram essa fase da vida com alegria, a despedida de um prematuro que ficou quatro meses na Utin e foi para casa e a história de uma jovem que soube da gravidez duas horas antes de dar a luz. 
Em todas as reportagens ficou explícito a importância da presença da mãe na recuperação dos bebês que nasceram antes do tempo previsto e como o carinho, a dedicação e o amor podem fazer a diferença.
Prematuros
Em 2015, a Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal (Utin) do Hucam já recebeu 300 prematuros. A chefe da Unidade de Cuidados Intensivos e Semi-intensivos Pediátrico e Neonatal do Hucam, Norma Suely Oliveira, disse que os motivos para o nascimento de bebês prematuros são variados. "São inúmeros fatores, mas os mais comuns são infecções, descolamento prematuro de placenta, rotura prematura de membranas, insuficiência placentária entre outros", explicou a médica.
Norma Suely disse que a maior parte das pacientes do Hucam são gestantes de alto risco, portanto, a probabilidade dos filhos nascerem prematuros é maior do que nas gestações de risco habitual.
Quando o bebê nasce antes da 37 semanas de gestação a equipe médica observa vários aspectos. "Iniciamos a avaliação do binômio mãe-bebê desde a história materna, gestacional, familiar, associamos aos dados do  parto e do nascimento e fazemos a avaliação do exame físico do bebê. Nesse momento analizamos as possíveis hipóteses diagnósticas que nos direciona à tomada de decisão pautada na melhor evidência cintífica", detalhou Norma Suely.
Jaqueline Viana, de 29 anos, esperou quatro meses para levar o filho João Miguel para casa, no Espírito Santo (Foto: Juirana Nobres/ G1)Jaqueline Viana, de 29 anos, esperou quatro meses para levar o filho João Miguel para casa, no Espírito Santo (Foto: Juirana Nobres/ G1)
Sequelas
A médica explicou que esses bebês, por terem nascido antes de completarem 38 semanas podem apresentar sequelas. "Quando o bebê é um neonato que já foi exposto, intra útero, a vários insultos e também tem complicações durante o parto e nascimento, há maior probabilidade de complicações pós natais e assim, risco de sequelas. Isso vai depender de muitos fatores e da evolução do bebê após esta fase", explicou a médica.
A chefe da Unidade de Cuidados Intensivos e Semi-intensivos Pediátrico e Neonatal do Hucam disse que os pais que frequentam o pré natal já ficam cientes do que está ocorrendo na gestação e quando acompanham a fase de trabalho de parto e nascimento, também participam de todos os acontecimentos relacionados ao bebê.
Após a internação em ambiente de cuidados intensivos, a equipe médica informa, diariamente, todos os problemas que o bebê apresenta. "Essa conversa é realizada como rotina e também a qualquer momento em resposta à demanda dos pais. Além disso, há visitas programadas para avós e irmãos e, com isso, toda a família se informa dos acontecimentos.

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