Gilmar e Valdecir foram encontrados por um rebocador no litoral fluminense.
Motor deu defeito durante viagem, disse um dos sobreviventes.
Os pescadores capixabas Valdecir Batista e Gilmar Guimarães Almeida, que haviam desaparecido em alto mar no último domingo (3), chegaram à Capitania dos Portos do Espírito Santo na tarde desta terça-feira (6).
A dupla saiu da praia da Glória, em Vila Velha, Grande Vitória, com sentido a Guarapari. Durante o percurso, um dos homens entrou em contato com a família informando que o motor da embarcação estava com problemas.
Os pescadores foram localizados na tarde desta terça-feira (5) na altura de campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro. Um rebocador que navegava nas proximidades identificou a embarcação e fez contato com a Marinha do Brasil
Valdecir Batista contou como foram os dias em que passaram em alto-mar. "Tranquilo. Como já temos um pouco de experiência, nós mantemos a calma", disse.
Porém ele explicou que durante os quase dois dias que ficaram à deriva, alguns problemas apareceram. "A gente tinha água, mas alimento a gente se virou do jeito que deu. Era peixe no almoço e peixe na janta", disse.
Ainda segundo ele, o resgate ocorreu por volta das 19 horas. O barco que estava sendo usado por eles foi rebocado por outra embarcação.
Investigação
A Capitania dos Portos do estado abriu um investigação para saber porque os pescadores tiveram problemas e ficaram perdidos no mar. O órgão ainda informou que o barco usado pela dupla não é apropriado para esse tipo de viagem.
A Capitania dos Portos do estado abriu um investigação para saber porque os pescadores tiveram problemas e ficaram perdidos no mar. O órgão ainda informou que o barco usado pela dupla não é apropriado para esse tipo de viagem.
"Esse e um barco de navegação interior e que estava navegando em uma área indevida", explicou o capitão de mar e guerra Marco Aurélio de Arruda.
Como não tinham autorização, as responsabilidades de cada um dos dois pescadores também será apurada. Uma perícia também será realizada no barco.
"Vamos ver se tinha condições de ir para aquela área, se tinha os equipamentos de segurança e comunicação necessários ao seu funcionamento e a provavelmente causa da pane do motor", completou o capitão. O dono do barco também poderá ser multado em até R$ 10 mil.
Contato
Antes de desaparecerem, a dona de casa Roberta Batista, esposa de Valdecir, contou que o marido ligou por volta das 6h do domingo avisando que a embarcação estava com problemas.
Contato
Antes de desaparecerem, a dona de casa Roberta Batista, esposa de Valdecir, contou que o marido ligou por volta das 6h do domingo avisando que a embarcação estava com problemas.
“Ele me ligou e disse que o motor do barco não estava dando partida e que eles estavam sendo levados para dentro do mar. Eu fiquei em desespero, liguei para a Capitania dos Portos e eles não me retornaram”, disse Roberta.
Por volta das 20h30 do mesmo dia, Valdecir ligou novamente para esposa, pedindo mais uma vez pelo socorro. Depois disso, a família dele disse que não conseguiu mais entrar em contato com o pescador.
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