terça-feira, 12 de maio de 2015

Diplomata espanhol confessa ter matado esposa no ES, diz polícia


Jesús Figón Leo, de 64 anos, procurou a polícia nesta manhã (12). 
Crime aconteceu em um apartamento do casal, em Jardim Camburi.

Do G1 ES, com informações da TV Gazeta
Rosemary era capixaba e casada com Jesús (Foto: Reprodução/ Facebook)Rosemary era capixaba e casada com Jesús
(Foto: Reprodução/ Facebook)
O Conselheiro de Interior da Embaixada da Espanha no Brasil, Jesús Figón Leo, de 64 anos, confessou à Polícia Civil do Espírito Santo, nesta terça-feira (12), ter assassinado a esposa Rosemary Justino Lopes, de 56 anos, dentro do apartamento do casal, em Jardim Camburi, Vitória, segundo o delegado Adroaldo Lopes.
O conselheiro se apresentou espontaneamente à polícia e contou que matou a mulher após uma discussão, nesta madrugada.
Eles eram casados há quase trinta anos. Ele trabalhava na Embaixada da Espanha, em Brasília, mas passava alguns dias na residência que tinha com a esposa em Vitória. Ela era capixaba.
O delegado responsável pelo caso explicou que estava em casa quando recebeu a ligação de um delegado aposentado, que é amigo de Jesús, relatando o homicídio.
“Esse delegado recebeu um telefonema de Jesús em que ele contava que tinha matado a mulher. De imediato, esse delegado fez contato com um advogado e ambos foram até a casa de Jesús verificar. Chegando ao local, ele adentrou ao imóvel, verificou a presença de um corpo, e me telefonou dizendo que estava indo para a delegacia”, disse Adroaldo.
 
À polícia, Jesús alegou que a esposa sofria de depressão e era alcoólotra. “No dia de ontem ela teria feito excessiva ingestão de bebida alcoólica e durante a madrugada eles tiveram uma briga. Ela pegou uma faca para atacá-lo, ele tomou a faca e efetuou os golpes”, disse o delegado.
O conselheiro conta com imunidade diplomática, o que faz com que a investigação deste crime seja diferente de outros homicídios. Ele foi liberado por volta das 18h30. “Ele está sendo entregue a um adido diplomático que vem do Rio de Janeiro diretamente para acompanhar o caso” , disse Adroaldo.
O delegado não soube dizer se Jesús vai responder pelo crime no Brasil. Segundo ele, vai haver um “cumprimento de leis brasileiras, internacionais e tratados internacionais”.
A Polícia Civil do Espírito Santo informou que por determinação do Ministério da Justiça e Ministério das Relações Exteriores as investigações seguem em sigilo. Ambos os ministérios foram procurados pela reportagem, mas ainda não informaram porque decretaram segredo no caso.

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