quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Vídeo: advogado fala sobre liberdade concedida a médico suspeito de fraude

Veja vídeo:

O médico Admardo Henriques Tavares, de 70 anos, e servidora previdenciária Nelma Lopes Sales, que foram presos na Operação Cardiopatas foram soltos nesta quarta-feira (13), após um habeas corpus concedido pelo desembargador federal no Tribunal Regional Federal da 2ª Região, Ivan Athié. A informação foi confirmada pelo advogado Glaidemir Resende ao Campos 24 Horas. (VEJA VÍDEO ACIMA)
Médico Evaldo Cretton consegue habeas corpus



O médico Evaldo Cretton, citado na Operação Cardiopata, desencadeada pela Polícia Federal na semana passada e que investiga supostas fraudes contra o INSS, obteve nesta segunda-feira (11), no Tribunal Regional Federal (TRF) da 2ª Região, no Rio, um habeas corpus e responderá o processo em liberdade. Ainda na semana passada, o médico, que estava viajando de férias com a família e não se encontrava em Campos no dia em que a operação foi deflagrada, teve contra ele um mandado de prisão preventiva, a partir de agora suspenso por força do habeas corpus.

O habeas corpus do médico Evaldo Cretton foi obtido pelos advogados João Paulo Granja e Jefferson Cretton, irmão do médico. Jefferson declarou que “o Estado de Direito voltou a prevalecer”.

RELEMBRE

Três médicos campistas foram presos dentro da Operação Cardiopatas, deflagrada pela Polícia Federal, nesta sexta-feira(8), em Campos e região: Renato Rabelo Amoy (cardiologista), Jairo Rodrigues Perissé (ortopedista) e Admardo Henriques Tavares, dono de uma clínica na Pelinca e que foi candidato a vereador nas últimas eleições em Campos, um dos alvos da operação. Todos são acusados de fraudes na Previdência Social. Eles foram levados ao Instituto Médico Legal (IML) de Campos para exame de corpo de delito e depois encaminhados para a unidade prisional. A Polícia Federal informou que “os investigados responderão pelos crimes de estelionato previdenciário, corrupção passiva e ativa, peculato e violação de sigilo funcional”, disse a PF.



Entre os envolvidos no esquema, 34 foram conduzidos à sede da Polícia Federal em Campos e um para Macaé. Destes, 15 estão presos, sendo oito intermediários, quatro técnicos do seguro social, dois médicos peritos e um médico particular. Diversos beneficiários foram conduzidos coercitivamente à sede da Polícia Federal. Eles foram ouvidos e liberados. O delegado federal Vinícius Venturini, que está à frente da Operação Cardiopatas, explicou que o inquérito é de 2013, mas a investigação foi intensificada nos últimos oito meses. Os policiais analisaram inquéritos de fraudes previdenciárias isoladas que seguiam o mesmo modus operandi (modo de operação), caracterizando a atuação de uma quadrilha.
No curso da investigação da Operação Cardiopatas, de acordo com a Polícia Federal, foram comprovadas fraudes em 34 benefícios por incapacidade, entre auxílios-doença e aposentadoria por invalidez, gerando um prejuízo apurado de pelo menos R$ 4.373.151,04 à Previdência.

Os investigados responderão pelos crimes de estelionato previdenciário, corrupção passiva e ativa, peculato e violação de sigilo funcional”, informou, em nota, a Polícia Federal.

MULHERES ENTRE OS PRESOS – Entre os presos na Operação da PF estão quatro mulheres, identificadas como contempladas com benefícios fraudados. Elas também passaram por exame no Instituto Médico Legal (IML antes de serem levadas para o presídio feminino Nilza da Silva Santos.

A Operação

Desde as primeiras horas da manhã desta sexta-feira (08), agente da Polícia Federal deflagraram a Operação Cardiopatas, de combate a corrupção de servidores do INSS e a fraudes previdenciárias em Campos, São João da Barra, Italva e Casimiro de Abreu.

A ação contou com 120 policiais federais, dois analistas de inteligência previdenciária, no cumprimento de 12 mandados de prisão preventiva, três de prisão temporária, 15 de busca e apreensão e 20 de condução coercitiva.

Entre os investigados estão técnicos do seguro social, médico peritos, médicos particulares, agenciadores de benefício e clientes de organização criminosa.

Durante a investigação foram comprovadas fraudes em 34 benefícios por incapacidade, entre auxílios-doença e aposentaria por invalidez, gerando um prejuízo de pelo menos R$ 4.373.151,04 à Previdência.

Os investigados responderão pelos crimes de estelionato previdenciário, corrupção passiva e ativa, peculato e violação de sigilo funcional.

Segundo a PF, o nome da operação se deve ao fato de a maioria dos beneficiários associados pela organização criminosa terem simulado miocardiopatia – doença do músculo do coração – dilatada ao INSS, com base em documentos médicos ideologicamente falsificados.

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