Suspeito de matar e enterrar colega recebe alta e vai a delegacia
Carlos Grevi
Fernando Faria Negrin, de 42 anos, suspeito de ter esganado a ex-colega de trabalho,Adriana Silva Aguiar, de 33 anos eenterrado ainda vivaem sua casa, na praia de Grussaí, em São João da Barra, recebeu alta do Hospital Ferreira Machado (HFM), e foi escoltado por policiais, conduzido para a delegacia 134º DP, Centro em Campos. Fernando está sendo acareado pela delegada Madeleine.
As investigações se iniciaram na Delegacia de Italva e tiveram prosseguimento na delegacia de São João da Barra, onde o corpo foi encontrado e possivelmente o crime foi cometido. De acordo com a advogada Kênia Rodrigues Quintal, que está apoiando a família durante as investigações, três testemunhas ainda serão ouvidas para que o processo seja concluído e possa ser enviado à Justiça.
A advogada acredita que dentro das investigações ainda seja pedida a quebra do sigilo telefônico de todos os envolvidos. Segundo Kênia, no dia em que o corpo foi encontrado, Edinei teria comparecido à delegacia de Italva para registrar a ocorrência de ameaças que estaria recebendo pelo telefone.
Ainda não está descartado o envolvimento de uma outra pessoa no crime, já que vizinhos confirmaram ter visto Fernando na companhia de um “amigo” na casa em Grussaí, nos dias que antecederam ao encontro do corpo de Adriana.
“Do depoimento dele, a única coisa que podemos ter certeza é de que foi ele que a matou. As informações dos depoimentos não batem.” Revelou a advogada.
Adriana era divorciada, tinha um filho de 12 anos e foi vista pela última vez no ponto de ônibus, quando ia para o trabalho.
Onze dias depois, com as investigações sobre o desaparecimento já iniciadas, o delegado titular da delegacia de Italva, Maurício Barros, determinou que dois inspetores levassem Fernando à residência de veraneio dele, que estava em construção em Grussaí.
Chegando no local, já com o apoio de inspetores civis de São João da Barra, Fernando aparentava tranquilidade. Do portão já era possível sentir um forte odor e o grupo se dirigiu ao fundo do quintal, onde ficava uma fossa. Percebendo a desconfiança dos policiais, Fernando se dirigiu a cozinha para pegar uma pá e escavar a área, mas acabou cortando o pescoço com uma faca. O socorro foi chamado e o suspeito levado para o Hospital Ferreira Machado (HFM), em Campos.
No Instituto Médico Legal (IML) vestígios de areia, encontrados nas vias respiratórias de Adriana indicaram que a vítima foi enterrada ainda com vida. Devido ao avançado estágio de decomposição o dentista foi acionado para fazer o reconhecimento da arcada dentária e confirmar a identidade de Adriana.
O sepultamento da servidora pública aconteceu no dia 18 de outubro, marcado por choro, revolta e incompreensão de parentes e amigos que pediam por justiça.

O sepultamento da servidora pública aconteceu no dia 18 de outubro, marcado por choro, revolta e incompreensão de parentes e amigos que pediam por justiça.
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