sexta-feira, 26 de outubro de 2012

HOMEM REVELA COMO MATOU ADRIANA

Homem revela como matou e ocultou corpo de Adriana, em Grussaí

Foto: Vagner Basílio
Fernando prestou depoimento na 134ª DP e retornou para o HFM


Fernando prestou depoimento na 134ª DP e retornou para o HFM
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Durante coletiva realizada na tarde desta quinta-feira (25/10), na 134ª Delegacia de Polícia, a delegada Madeleine Farias, informou que o novo depoimento de Fernando Faria Negrin, de 42 anos, prestado na manhã desta quinta, esclarece contradições apresentadas no inquérito policial, que investiga a morte de Adriana Silva Aguiar, 33 anos. 

Segundo a delegada Madeleine, em depoimento que durou cerca de quatro horas, Fernando afirmou ter cometido o crime de forma isolada e instantânea a partir da luta corporal com Adriana sem propósito de matá-la. Explicou que era colega de trabalho e que, na condição de pedreiro, estava a ajudando construir sua casa na cidade de Italva. Confessou ainda que sempre teve interesse por ela, mas que até então não tinha envolvimento afetivo com a vítima. 

“Hoje ele recebeu a visita de um pastor e se mostrou arrependido e motivado a contribuir com a polícia, até pelo filho de 12 anos que sabe da história. Detalhes demoraram a vir à tona. A cada pergunta era uma nova história. O que me intrigava era a forma com que Adriana foi levada para praia de Grussaí, o que só foi revelado hoje", disse a delegada.

Em depoimento Fernando disse que convidou Adriana para ir, no dia 4 de outubro, dia em que a vítima desapareceu, até Grussaí com pretexto que lá poderia comprar materiais de construção por preço mais em conta. Este foi o motivo pelo qual Adriana foi para Grussaí. 

Chegando à praia eles foram direto para casa de veraneio de Fernando. Lá resolveu seduzi-la, perguntando se não queria manter relações sexuais no local. Segundo Fernando ela teria dito: “Você é quem sabe”. Então ele a agarrou e começou a ter relações sem que houvesse quarquer tipo de constrangimento, revelou a delegada.

Durante a relação sexual ela teria dito que não tinha coragem de voltar para onde morava porque estava sendo ameaçada e temia por sua vida. Pediu para Fernando que ficasse escondida na casa e que, inclusive, a mudança dela já estava arrumada e que ela pediria para que alguém levasse até a praia. 

Nesse momento Fernando gritou com ela e disse que não poderia ficar já que era casado e a casa pertencia a ele e esposa e não teria como justificar a estada dela. Eles entraram em luta corporal. Fernando esganou de tamanha força que ela chegou a vomitar sangue e logo em seguida desmaiou.

O suspeito revelou ainda, que num ato de desespero, enterrou Adriana numa cova rasa. Posteriormente voltou para Italva e percebendo que a polícia ia chegar até ele,retornou na segunda-feira (08/10) e abriu um buraco de dois metros de profundidade e enterrou o corpo novamente. O exame de necrópsia feito no corpo de Adriana no Instituo Médico Legal (IML) contatou que ela foi enterrada viva, já que foram encontrado areia em seu pulmão.



“Isso explica porque no meio do terreno tinha cheiro de cadáver. Ele explicou justamente que quando enterrou mais fundo jogou terra para o meio do terreno e esta terra já contaminada com bactéria posteriormente trouxe odor que atraiu insetos”, disse a delegada. 

A delegada revelou ainda que Fernando, depois de ter matado e ocultado o corpo, queimou as roupas de Adriana. Ele também disse que pegou o dinheiro, aproximadamente R$ 800, e voltou para sua casa em Italva. 

Quando esteve na casa de praia com inspetores da Polícia Civil, Fernando sabendo que seria descoberto tentou cortar o próprio pescoço. Ele foi socorrido para o Hospital Ferreira Machado (HFM), de onde saiu na manhã desta quinta para acariação. Depois de prestar depoimento ele foi levado de volta ao HFM. 

“Verifico que com o depoimento, a historia agora sim começa a se fechar. Agora é esperar as provas técnicas serem concluídas que vão comprovar ou não o depoimento de Fernando. A prisão temporária de Fernando é de 30 dias e eu tenho ainda mais 20 dias para concluir o inquérito”, finalizou a delegada. 

Virna Alencar (Estagiária)

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