segunda-feira, 7 de julho de 2014

Morte de bebê e negligência no HPC: mãe relata momento dramático


Hospital dos Plantadores de Cana 3pai 0607 2A jovem Bruna Azeredo dos Santos, de 19 anos, cujo bebê morreu no último sábado(5), no Hospital dos Plantadores de Cana(HPC), falou por telefone na manhã desta segunda-feira com a redação doCampos 24 Horas e desabafou contra o atendimento médico. Ela e o marido Luan Carneiro da Silva, de 22 anos, suspeitam de negligência médica.
A jovem relata o momento dramático vivido na sala de pré-parto do hospital.
“Comecei a sentir dores e ter sangramento em casa. Chequei ao hospital por volta das 4h da madrugada de sábado e a médica me disse que era para eu não reclamar das dores, caso contrário não iria me consultar. Eu disse que era impossível não reclamar, pois estava sentindo dores fortíssimas”, desabafou.
Segundo Bruna, a médica se negou a fazer cesariana. “Ela me disse que eu já tive um filho de parto normal e não iria me operar. Após três horas de espera na sala de pré-parto, já não agüentava mais, quando percebi que a cabeça do meu bebê já estava saindo. Mesmo assim, a médica não fez a cesariana. Outra médica chegou à sala e colocaram algo pesado sobre a minha barriga até o bebê sair”, afirmou.
A jovem, que falou ao Campos 24 Horas ainda da enfermaria do hospital, pois até esta manhã não havia recebido alta, afirma ainda que, ao ser examinada, a médica ouviu o coração da criança. “Ela disse que o bebê estava bem. No entanto, após ele ter nascido, o colocaram na cama com os pés virados para mim. Foi quando consegui levantar e vi que o rosto dele estava roxo”, revelou.
O pai da criança, Luan Carneiro da Silva, de 22 anos(na foto acima) registrou um boletim de ocorrência na 134ª DP/Centro. Em razão disso, o corpo teve que ser levado para o Instituto Médico Legal(IML) antes da liberação para o sepultamento.
Hospital dos Plantadores de Cana 2Hospital fala sobre o caso
Na manhã desta segunda-feira, a reportagem doCampos 24 Horas esteve no Hospital dos Plantadores de Cana para buscar uma versão para o caso. O médico Rodrigo Quitete, vice-diretor clínico do hospital, informou que o bebê nasceu morto e não acredita em negligencia médica. Segundo ele, a família não fez reclamação no hospital.
A versão do médico, no entanto,  é desmentida pela mãe. De acordo com a jovem Bruna, um advogado da família já esteve no hospital e relatou o caso à uma assistente social
Na Certidão de Óbito, consta  “Anóxia Fetal , Dislocamento Placentário” como causa. Uma médica de iniciais A.B.A.M. foi quem atestou o óbito. O período de gestão citado pela médica foi de 37 a 41 semanas.
O pai da criança, Luan Carneiro da Silva, de 22 anos, morador no bairro Matadouro, em Campos, disse ao Campos 24 Horas que sua mulher  foi hospitalizada sentindo fortes dores e com sangramento. Mesmo assim,  houve demora no atendimento. “Minha mulher disse à médica que a bolsa tinha rompido e a cabeça da criança já estava aparecendo. Mesmo assim não a atenderam”,  denunciou.24 horas 

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