Laila Nunes / Carlos Grevi
Além de documentos falsos, veículo de um dos suspeitos foi constatado como roubado
Foram apresentados durante uma coletiva de imprensa na tarde desta sexta-feira (11/07), os dois suspeitos deestelionato detidos no início da tarde da última quinta-feira (10/07), nas proximidades da Rodoviária Roberto Silveira, no Centro de Campos.
Pedro Emílio Braga, delegado adjunto da 146ª Delegacia Legal de Guarus e responsável pelo caso, explicou que a detenção dos homens se deu através de uma denúncia anônima feita à Polícia Militar.
“Os policiais receberam uma denúncia de que havia dois estelionatários na rodoviária e que estes realizam vendas fraudulentas de terrenos. Os PMs foram verificar a veracidade da denúncia e lá encontraram primeiro o veículo estacionado nas mediações”, disse o delegado se referindo ao veículo usado pelos suspeitos, um carro modelo Cruze, de cor prata, que foi constatado que era roubado em Cabo Frio.
"A placa do carro foi verificada e concluída como legal, porém o chassi era de um veículo roubado. Para driblar a fiscalização, os suspeitos pegaram o carro roubado e buscaram outro veículo com características visuais iguais e clonam o documento o Certificado de Registo do Veículo (CRV)", explicou o delegado.
De acordo com o delegado, o suspeito que conduzia o carro, Marcos da Silva Freitas, de 33 anos, estava distante do veículo, mas ao ver a aproximação dos policiais ainda se dirigiu aos agentes pensando que os policiais estariam verificando o carro por estar estacionado em local proibido.
“Assim que ele chegou perto dos policiais, foi feito o pedido para que o carro fosse revistado, e enquanto os policiais fazia o serviço, o comparsa dele, Paulo Vitor Azevedo de Abreu, de 38 anos, chegou com uma mochila, que também foi pedida pelos policiais para ser revistada”, explicou o delegado que contou que na mochila havia uma quantia de R$100 mil em cheques de várias pessoas; cerca de R$500 em notas de (20) falsas; diversos cartões de vale transporte; documentos falsos para pronta utilização e uma máquina de cartão de crédito que será periciada para constatar que era usada para clonagem de cartões.
Ainda de acordo com o delegado, no local onde os suspeitos foram encontrados foi dada voz de prisão e assim foram levados para a 134ª Delegacia Legal do Centro, sendo posteriormente conduzidos para a 146ª DL de Guarus, onde foi lavrado o auto de flagrante.
Todos os documentos serão encaminhados para perícia, para que se comprove a falsidade destes materiais, já que dentro do carro havia diversos documentos de compra e venda simulada de terrenos, onde os suspeitos alegavam a propriedade de imóveis e documentos que os suspeitos transmitiam estes imóveis para outras pessoas.
“Com relação aos cheques, nós pudemos perceber que existiam assinaturas falsas, que haviam sido recusados pela falsidade da assinatura, então, acredito que um dos cheques possa ter a grafia de um dos suspeitos”, esclareceu Pedro Emílio, ressaltando que a partir dos documentos falsos foi possível comprovar que o Paulo Vitor criou contas bancárias falsas.
De acordo com o delegado o suspeito Marcos da Silva Freitas responderá por flagrante por receptação e estelionato na modalidade alienação de coisa alheia como própria, já que através de vários documentos foi possível verificar que alguns terrenos não eram dele, e ele possuía documentos falsos, creditando a ele a propriedade dos terrenos.
Já com relação ao Paulo Vitor Azevedo, o delegado o intitulou com estelionatário profissional, que responderá por flagrante de moeda falsa; falsidade ideológica e estelionato (se apresentava na venda de terrenos como corretor do Marcos).
O delegado revelou ainda que uma pessoa que foi vítima dos estelionatários já foi à delegacia prestar esclarecimentos e fazer o reconhecimento dos suspeitos e o próximo passo da investigação é divulgar a imagem dos dois para que outras pessoas vítimas dos criminosos possam comparecer à delegacia para o mesmo procedimento.
Os suspeitos atuavam em Campos, São João da Barra e São Francisco de Itabapoana e já tinham passagem pela polícia por ameaça e injúria.
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