terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Homem morto em discussão com policial civil é sepultado em Petrópolis


Do G1 Região Serrana
Foi sepultado nesta terça-feira (10) em Petrópolis, na Região Serrana do Rio, o corpo do petropolitano Fernando Gomes Neto, de 32 anos. Ele morreu no domingo (8) atingido por um tiro no abdômen durante um desentendimento com um policial civil de 33 anos no bairro Marilândia, em Juiz de Fora, Minas Gerais.
Fernando Gomes Neto foi enterrado em Petrópolis no dia 10 de janeiro de 2017 (Foto: Reprodução/Internet)Fernando Gomes Neto foi enterrado em Petrópolis
(Foto: Reprodução/Internet)
De acordo com a assessoria da Polícia Civil, o disparo foi acidental. O policial teria chegado ao prédio onde mora quando encontrou o homem, que segundo o posicionamento oficial da corporação, estava exaltado e aparentava estar embriagado. De acordo com a Polícia Civil, o homem disse palavras desconexas e fez xingamentos quando o agente perguntou para qual apartamento ele estava indo.
O policial sacou a arma e pediu que o homem se identificasse, segundo a versão da Polícia Civil, que afirma que ele avançou contra o agente, momento em que a arma disparou acidentalmente. O policial chamou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas o homem não resistiu e morreu.
Segundo a família de Fernando, ele estava em um churrasco no prédio com a noiva e amigos, quando foi até o carro, de sunga, buscar abacaxis para o churrasco. No corredor do prédio, foi abordado pelo policial civil.
Nesta terça, familiares lamentaram a morte de Fernando e não concordam com a versão apresnetada pelo policial. "Meu irmão era uma pessoa boa, uma excelente pessoa. Não tenho nem palavras. Ele era tudo pra mim. Ele estava de sunga, vai ter algum documento, uma faca, uma arma dentro da sunga? Assim como eu defendo a polícia quando eles estão certos, também quero justiça", disse William Nelson Gomes, irmão da vítima.
Fernando trabalhava como autônomo em Petrópolis e planejava se casar esse ano. Segundo Antônio Carlos, pai da noiva, a vítima sempre foi uma pessoa calma. Para ele, não houve discussão entre Fernando e o policial. "Se é um policial preparada porque sacar uma arma? O rapaz estava de sunga. Então, estamos querendo, simplesmente, justiça", afimou.
saiba mais

Ainda de acordo com a corporação, o policial, que atua como escrivão, foi preso no domingo, prestou depoimento e foi liberado após conseguir liberdade provisória na Justiça. Foi aberto um processo administrativo pela Corregedoria da Polícia Civil. Nesta terça (10), testemunhas estão sendo ouvidas e o resultado da perícia deve sair no prazo de até dez dias. A polícia tem 30 dias para concluir a investigação.

Nenhum comentário:

Postar um comentário