sexta-feira, 24 de junho de 2016

Crise afeta suprimento de nitrogênio para reconhecimento de DNA no Rio


Do G1 Rio
Em meio à crise no Estado do Rio de Janeiro, o Instituto de Pesquisas e Perícias em Genética Forense sofre falta nitrogênio líquido, material usado para fazer exames de DNA em ossadas. Ninguém sabe quando o material será comprado, como mostrou o RJTV desta quarta-feira (23).

Essa demora prolonga o sofimento de pessoas que precisam da ação rápida da polícia., como o de Elisabete Barros. A filha dela desapareceu há 14 anos. A filha tinha 9 anos de idade e até hoje a mãe espera por um exame de dna em ossadas que foram encontradas durante a investigação, pra saber se a filha dela está morta ou não.

"Não tem nitrogênio no IML, então como vai fazer? Não tem como. E fora que o estado não tem dinheiro. Acho que nunca vou conseguir fazer esse exame. Se não fizemos ate agora, quando vamos fazer? Nunca", disse Elisabete Barros, uma das mães que espera pela análise dasossadas desde 2014, como mostrou matéria do G1.

O Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol) diz que só com a metade dos funcionários trabalhando no Instituto Médico Legal não tem como prestar um atendimento adequado pra população. E quem está aqui também não tem material suficiente pra trabalhar. O dinheiro pra resolver essa situação não chega. Enquanto isso, eles fazem o que podem pra continuar prestando um serviço tão importante.

" Este material faltando prejudica o profissional. Além de nós termos poucos profissionais, não temos o equipamento e o material, e isso dificulta o laudo e toda a investigação, porque a falta do trabalho dos peritos não é concluída e prejudica todo o trabalho da polícia", disse Fernando Bandeira, diretor do Sinpol.
A verba liberada de quase R$ 3 bilhões para o Rio será quase toda direcionada para a segurança das Olimpíadas. O secretário de segurança José Mariano Beltrame afirmou que o dinheiro será usado para o pagamento de salários e gratificações de policiais, atrasadas desde novembro.

"Precisamos colocar tudo isso em dia, no sentido de trazer pro policial o seu aspecto motivacional e trazer pra cidade do rj os indices de criminalidade que nós conseguimos o ano passado, exatamente pela existência e pelo pagamento desses dois programas. Então a primeira ação, se me for permitida fazer, é atender as demandas que o estado deve ao servidor público da segurançao senhor estaria aberto a abrir mão  do investimento pregisto do governo para a segurança já que chega esse investimento do governo federal pra outras áreas, como por exemplo a linha 4 do metro? Olha, se o dinheiro vem pra mim, eu quero todo o dinheiro", explicou ele.

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