sexta-feira, 24 de junho de 2016

Coca, Pepsi e Ambev param de vender refrigerante a escola com menores de 12 anos


lácteas
A Coca-Cola Brasil, a Ambev e a PepsiCo Brasil deixarão de vender refrigerantes às escolas com alunos de até 12 anos ou que tenha a maioria dos alunos nessa faixa de idade. As fabricantes se comprometeram a comercializar nesses locais apenas água mineral, suco com 100% de fruta, água de coco e bebidas lácteas que atendam a critérios nutricionais específicos, mantendo o foco na hidratação e na nutrição.
A decisão foi divulgada nesta quarta-feira (22/06) pelas empresas e valerá a partir de agosto. Em nota, as produtoras informam que consideram a obesidade um “problema complexo” e que reconhecem seu papel de ser parte da solução.
Segundo a nota, “o novo portfólio tem como referência diretrizes de associações internacionais de bebidas. Novos produtos lançados pelas empresas poderão ser incluídos, no futuro, seguindo essas referências”.
CANTINAS
Para o ajuste de portfólio, as empresas levaram em conta que nessa faixa etária as crianças não têm maturidade suficiente para tomar decisões de consumo e que, por isso, as fabricantes devem auxiliar a moldar um ambiente que facilite escolhas adequadas.
A política valerá para as cantinas que compram diretamente das fabricantes e de seus distribuidores. Em relação àquelas que se abastecem em outros pontos de venda (supermercados, redes de atacados e adegas, por exemplo) haverá uma ação de sensibilização desses comerciantes, por meio da qual todos serão convidados a seguir a medida.
EDUCAÇÃO ALIMENTAR COMEÇA EM CASA
Para a nutricionista Maria Cristina Arantes Viveiros Machado, a educação alimentar começa em casa, com os pais incentivando os filhos a terem uma boa refeição. Além disso, toda carga elevada de açúcar, sejam refrigerantes, sucos e doces industrializados, ou em qualquer alimento, é bastante preocupante se consumida durante a infância ou em outras fases da vida.
“Se tiver esse tipo de bebida (refrigerante) à vontade em casa, elas (crianças) vão trocar a água, por exemplo, pelo refrigerante e cada vez que tiver sede, o refrigerante será a bebida a ser tomada”, disse Maria Cristina alertando que o consumo excessivo de alimentos industrializados que contenham açúcar não é indicado, principalmente na faixa etária até o segundo ano, pois é a fase em que as crianças estão começando a construir as células adiposas (gorduras) no organismo.
Diferente da maioria das crianças, as irmãs Maria Vitória, 8 anos e Maria Valentina, de 6, nunca foram estimuladas pelos pais a consumirem refrigerante e outros alimentos industrializados, como guloseimas e salgadinhos artificiais.
“A meu ver parece que já faz parte da cultura do brasileiro o consumo excessivo de refrigerantes. Com relação as minhas filhas eu fico despreocupada, porque até mesmo na escola ou em festinhas, elas não bebem somente água e sucos naturais, além de muita salada, verduras, legumes e frutas em geral”, revelou a dentista Patrícia Gomes de Matos, mãe das pequenas.

 Fonte Ururau/ABr

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