quinta-feira, 23 de junho de 2016

Advogados pagam por vacina com selo de 'proibida a venda' no ES


Do G1 ES
Os advogados do Espírito Santo pagaram R$ 50 pela vacina contra a gripe H1N1, mas as embalagens estavam com o selo de 'proibida a venda'.
A campanha de vacinação foi organizada, nesta quinta-feira (23), pela Caixa de Assistência dos Advogados do Espírito Santo (CAAES) - entidade vinculada à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Só que, de acordo com o Instituto Butantan, que produziu as doses, a CAAES não poderia cobrar pela vacina, que "deveria ser repassadas a terceiros sem nenhum custo".
No entanto, no site da OAB-ES, uma nota informativa dizia que a “Caixa de Assistência dos Advogados adquiriu cinco mil doses de vacina”, com custo de R$ 50, e que a etapa era extensiva aos dependentes e pais de advogados solteiros.
A CAAES disse que não lucra com as vacinas e que a campanha oferece aos advogados a opção de se imunizar pagando o preço de custo da vacina.
G1 foi a um dos postos de vacinação nesta manhã e conversou com advogados. “A gente pagou o valor de R$ 50, que é bem reduzido se comparado à rede privada. A fila foi um pouco demorada, mas já era de se imaginar, dada a quantidade da procura", disse a advogada Juliana Osório.
Instituto Butantan
O Instituto Butantan disse que havia um excedente das vacinas demandas pelo Ministério da Saúde e pelo governo de São Paulo. Ou seja, sobraram vacinas e essas doses foram fornecidas para órgãos como a OAB, pelo mesmo preço de custo que é repassado ao Ministério da Saúde. Mas o Instituto reforçou que a vacina não  poderia ser vendida a terceiros.
"Ao fornecer as vacinas, o Butantan reforçou que esta vacina não é comercializável, sendo o seu uso exclusivamente destinado à rede pública de saúde ou órgãos públicos, bem como suas autarquias", escreveu o Instituto em nota enviada à imprensa.
O Ministério da Saúde foi procurado, mas ainda não se manifestou sobre o caso.
CAAES
Em nota, a CAAES disse que vai averiguar com o Instituto Butantan por que as vacinas vendidas foram entregues em embalagens destinadas ao Governo Federal.
Segundo a CAAES, o valor de R$ 50 representa o custo que tem com a compra de cada dose e com toda a estrutura necessária para sua aplicação (que inclui gesto vacinal, seringa, agulhas, caixa de descartes, acondicionamento das vacinas, transporte de pessoal e demais custos decorrentes da vacinação). Para realizar a vacinação no interior do estado, por exemplo, é preciso arcar com despesas de hospedagem.
Caixa de vacina (Foto: Reprodução/ TV Gazeta)Caixa de vacina (Foto: Reprodução/ TV Gazeta)

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