sexta-feira, 27 de maio de 2016

Mãe de capixaba sumida em Portugal acredita em tráfico de mulheres


Do G1 ES, com informações da TV Gazeta
A mãe da jovem de Nova Venécia, no Noroeste do Espírito Santo, que está desaparecida em Portugual há quatro meses, acredita que Thayane Milla Mendes Dias, de 21 anos, e as duas amigas mineiras que viajavam com ela podem ter sido vitimas do tráfico de mulheres. 
A capixaba viajou com a amiga Lidiana Neves Santana, de 16 anos, no dia 28 de janeiro paraPortugal. Ela disse para a mãe, Tânia Maria Mendes, que iria trabalhar em uma creche e morar com a irmã mais velha da amiga, Michele Santana Ferreira, de 28 anos, e o companheiro dela, que já estavam estabelecidos no país.
A mãe acredita que a filha e as amigas foram vendidas como escravas para prostituição e que o companheiro da amiga está envolvido no caso.
De acordo com a mãe, Tânia Maria Mendes, cinco dias depois a jovem entrou em contato, disse que estava tudo bem, mas que aguardaria alguns dias para ligar novamente porque precisava comprar um celular novo. Depois disso, a mãe não teve mais notícias sobre a filha.
A mãe acredita que a capixaba e as duas amigas tenha sido vítimas de tráfico de mulheres e vendidas como escravas para a prostituição, ela também disse que acredita que o companheiro de uma das amigas, que já vivia em Portugal, tenha algum envolvimento no caso.
Boletim de Ocorência
A mãe disse ao G1, na noite desta quinta-feira (26) que, há dois meses, registrou o boletim de ocorrência sobre o desaparecimento de Thayane Milla na Polícia Federal e na Polícia Civil.
Thayane Milla Mendes Dias, de 21 anos, viajou no dia 28 de janeiro para Portugal e há 4 meses não fala com a família no Espírito Santo (Foto: Arquivo Pessoal)Thayane Milla Mendes Dias está desaparecida
há quatro meses (Foto: Arquivo Pessoal)
“Além das policias daqui, a Interpol também sabe que estou procurando minha filha. Não consigo dormir direito só pensando nela”, disse Tânia.
A Polícia Federal disse que os casos que envolvem brasileiros no exterior são acompanhados pela embaixada brasileira e, se houver indícios de crime, também pela PF.
Informou ainda que as polícias atuam em seus territórios respectivos. Assim, a PF acompanha através do representante da Interpol no país da ocorrência e prestará todo apoio à polícia local e aos familiares.
Mineiras
Michele trabalhava em Lisboa como doméstica há 9 anos e convidou a irmã mais nova, Lidiana, para estudar e morar em Portugal no final de 2015.
As irmãs dividiam um apartamento com o companheiro de Michele, que é brasileiro e é dono da residência. Michele mantinha um relacionamento com o companheiro há 9 anos e estava grávida, segundo parentes.
As duas conheciam a capixaba e fizeram o convite para que Thayane também trabalhasse em Lisboa, oferecendo o apartamento.
Sumiço
A última vez que os parentes tiveram notícias das jovens foi através do homem, que, segundo a mãe de Michele e Lidiana, Solange Santana, é casado no Brasil.
Segundo a família das meninas, o homem informou que Michele havia largado o emprego em Lisboa e ido embora para Londres, junto com a irmã e a capixaba.
"A gente não sabe se as três estão vivas ou mortas. O companheiro de Michele relatou que as três foram para Londres, que Michele tinha largado o emprego. Mas eu não confiei nessa história porque ela me falaria, não mudaria de país sem falar e ainda um amigo chegou a dizer que eles tinham um relacionamento explosivo", relatou Solange, que é auxiliar de serviços gerais e mora em Campanário, em Minas Gerais.
De acordo com a mãe da capixaba, a também auxiliar de serviços gerais, o ex-companheiro de Michele voltou para o Brasil depois que os familiares tomaram conhecimento do sumiço das jovens.
"Não temos notícias delas depois, somente que ele veio embora. É a última informação. Minha filha foi para trabalhar e sumiu. É uma angústia muito grande", desabafou Tânia, moradora de Nova Venécia.

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