terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Perseguição policial termina com acidente e criminoso morto, no ES


Glacieri CarraretoDe A Gazeta
Equipes da Rotam fizeram várias rondas no bairro após a fuga dos bandidos (Foto: Fernando Madeira/ A Gazeta)Equipes da Rotam fizeram várias rondas no bairro após a fuga dos bandidos (Foto: Fernando Madeira/ A Gazeta)
Uma perseguição policial terminou com acidente, troca de tiros e uma pessoa morta, na tarde desta segunda-feira (1º), em Guaranhus, Vila Velha, na Grande Vitória. Os veículos percorreram três bairros. O tiroteio deixou moradores da região assustados.

Segundo informações da Polícia Militar, uma denúncia anônima indicava que o veículo Blazer, de cor prata, transportava drogas de Guarapari para Vila Velha.

“Assim que o veículo passou pelo posto da PRE, na Barra do Jucu, fizemos sinalização de parada. O condutor não parou e passamos a fazer o acompanhamento”, descreveu o cabo Roepke, da motopatrulha da Ronda Tática Motorizada (Rotam).

Três motos, com quatro policiais, passaram a seguir a Blazer, que estava com três ocupantes e fugiu pela Rodosol, sentido Vitória, até o viaduto de acesso à Rodovia Darly Santos, onde os suspeitos foram para o bairro Araças.
Os militares da motopatrulha solicitaram reforço. O condutor da Blazer fazia manobras arriscadas pelas ruas, segundo a polícia. “Havia crianças saindo do colégio, eles também colidiram com vários carros”, descreveu o cabo.

Entre os veículos que a Blazer bateu, estava um Fox. O carro pertence a um sargento da Polícia Militar, que seguia pelo bairro Guaranhus para o serviço, mas ele não se feriu, segundo informações de militares.

Ainda no bairro, os três suspeitos atiraram contra os militares, que revidaram. Em meio à troca de tiros, disparos atingiram um carro que estava estacionado e até a vidraça de um colégio. A janela atingida era de uma sala de recreação, onde não havia alunos. Ninguém ficou ferido.

Ao chegarem a um terreno baldio, que margeia a comunidade de Guaranhus e a Estação de Tratamento de Esgoto da Cesan, os criminosos pararam o carro e fugiram a pé, pelo meio do mato. No caminho, eles deixaram um carregador de pistola, e pularam a cerca que delimita a área da Cesan. Um criminoso foi morto e outros dois conseguiram escapar.
Pistola que estava ao lado do bandido morto na perseguição  (Foto: Fernando Madeira/ A Gazeta)Pistola que estava ao lado do bandido morto na perseguição (Foto: Fernando Madeira/ A Gazeta)


Carro da fuga tem adesivo da associação de investigadores
Uma equipe da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) esteve no local, juntamente com a Perícia Criminal da Polícia Civil. “Próximo ao corpo foi encontrada uma pistola ponto 40 e um carregador. O corpo não possuía identificação”, descreveu a delegada de plantão, Raffaella Aguiar.

Nos dedos das mãos da vítima, havia a tatuagem da frase “vida loka”, uma letra em cada dedo. Também foi recolhido um carregador de pistola calibre 380 nas proximidades da cerca que delimita a área da Cesan.

Os outros dois envolvidos conseguiram escapar. Equipes da Rotam fizeram rondas. Uma pessoa chegou a ser detida, mas não foi encontrado nada de ilegal com o rapaz, que também não foi reconhecido pelos militares que participaram da perseguição.
A Blazer usada pelos suspeitos foi vistoriada pelos peritos. O cão farejador da Rotam, Jhingo, procurou por armas e drogas, mas nada de ilícito foi encontrado. No parachoque traseiro do veículo, havia um adesivo da Associação de Investigadores de Polícia (Assinpol) do Espírito Santo.
A associação vai averiguar como este adesivo foi parar neste carro. O carro não possuia restrição de furto ou roubo, mas a Polícia Civil não informou o nome do proprietário da Blazer. O veículo foi apreendido.

Desdespero de moradores
As pessoas que moram próximo ao local onde aconteceu o crime ficaram assustadas com os tiros e a perseguição, em pleno horário de almoço, como conta uma estudante de 15 anos, que fazia a refeição com a família.

"Estava eu, meu tio, dois amigos dele, minha prima de 2 anos de idade e minha mãe, que é cadeirante, almoçando. Quando ouvi o carro cantando pneu e os tiros seguidos, entramos em desespero. Meu tio pegou mamãe no colo e corremos para dentro de casa. Ficamos no chão da sala, deitamos, ouvindo os disparos, mas sem saber o que acontecia. Ouvi mais de 10 tiros", disse.

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