domingo, 6 de setembro de 2015

Vídeo mostra agressão a jovens após 'cantadas' em Jardim da Penha, Vitória


Três jovens foram agredidas por três homens, na madrugada deste sábado.
Eles vão responder, em liberdade, por injúria e lesão corporal. 

Sayonara BrandãoDa TV Gazeta
Imagens da câmera de videomonitoramento de um prédio mostram as três universitárias sendo agredidas na madrugada deste sábado (5), em Jardim da Penha, Vitória. Três homens foram detidos, mas não ficaram presos, e vão responder criminalmente por lesão corporal e injúria. O delegado responsável pelo caso disse que os agressores foram covardes.
As agressões verbais e físicas aconteceram por volta de 3h, no meio da rua Doutor Antônio Basílio, em Jardim da Penha, após as três universitárias ignorarem as "cantadas" de três rapazes. Além deles, outros dois rapazes acompanhados pelas namoradas estavam no local. As três jovens estavam com o irmão de uma delas.
Vítima mostra marcas das agressões (Foto: Marcelo Prest/ A Gazeta)Vítima mostra marcas das agressões
(Foto: Marcelo Prest/ A Gazeta)
De acordo com o delegado Marcos Nery, responsável pelo caso, a polícia foi até Jardim da Penha, encontrou os agressores e os encaminhou para a delagacia. As imagens gravadas pela câmera de um prédio residencial foram solicitadas para apurar a situação. Ao chegarem no local, os três rapazes negaram o crime.
“Eles negaram no primeiro momento, disseram que as meninas são loucas e que agrediram eles verbalmente sem nenhuma motivação. Com a confrontação das imagens, logo deu para perceber que a agressão é nítida. Se eles foram covardes no primeiro momento, no segundo momento eles também foram covardes por negar", disse o delegado Marcos Nery.
Segundo o delegado, um dos agressores vai ser indiciado por lesão corporal e injúria, outro por injúria e o terceiro, por lesão corporal.
O delegado Marcos Nery explicou que, por se tratarem de crimes de lesão corporal e injúria, as penas não chegariam a dois anos, por isso os agressores vão responder em liberdade. Ele ressalta que, em um caso de violência doméstica, o agressor seria preso.
“Por mais que a nossa legislação trate como uma infração de menor petencial ofensivo, porque não é uma relação de violência doméstica, entendo que lesa não só a integridade física e a honra, mas até mesmo a dignidade das mulheres”, declarou o delegado.
A recomendação do delegado para as mulheres que passarem por uma situação semelhante é para não reagir. O procedimento adequado seria identificar os agressores, chamar a polícia e processá-los.
“Infelizmente, a nossa orientação é para não reagir. O conselho é não reagir, tentar identificar e processar. Além de eles serem responsaveis criminalmente, eu já passei a orientação para ajuizar uma ação por danos morais e pelo abalo psicológico”, disse.
Relato das vítimas
Uma das vítimas contou à Polícia Militar que, ao perceberem que as meninas ignoraram as cantadas, os três rapazes começaram a agredí-las verbalmente.
 "Eles começaram a falar 'volta aqui suas piranhas'", revelou. Ela também contou que ao tirar satisfação sobre as agressões verbais, um dos rapazes teria tentado beijá-la a força.
As outras duas jovens se aproximaram para tentar proteger a primeira universitária e então foram agredidas fisicamente, com empurrões e socos. Segundo o relato das vítimas, um deles teria ainda segurado uma das universitárias pelo cabelo e desferido socos contra o rosto dela.
A confusão acabou apenas quando a namorada de um dos agressores chegou e o levou para dentro de um dos prédios em Jardim da Penha. As universitárias agredidas chamaram a polícia, que posteriormente localizaram os jovens.

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