quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Peritos avaliam posto de gasolina que explodiu no Subúrbio do Rio


Vizinho diz que explosão foi causada por vazamento de gás. 
Representante da ANP diz que posto foi fiscalizado em junho.

Alba Valéria MendonçaDo G1 Rio
 Peritos da polícia Civil realizam desde o início da manhã está junta- feira (3), o trabalho de verificação das instalações do posto de gasolina Higienópolis, em Maria da Graça, no Subúrbio do Rio, onde ocorreu uma explosão na noite de quarta-feira. A explosão ocorreu no depósito onde ficavam cilindros que armazenavam o gás GNV para abastecer as bombas. Peritos da Polícia Civil, que concluíram a perícia de local por volta das  13h30, levaram para análise uma válvula de escape que indicaria aumento de pressão em um dos cilindros de gás . A peça será testada em laboratório.
Nove pessoas ficaram feridas na explosão — uma segue internada em estado grave. Nesta quinta, o cenário na região era de destruição. O posto estava destruído e até uma casa vizinha ao prédio ficou com o telhado avariado.
Técnicos da Defesa Civil municipal estiveram no local e desinterditaram as casa lojas vizinhas ao posto, na Rua Carneiro Ribeiro.  O marceneiro da Aeronáutica Marcos Rocha Marques , que teve o apartamento liberado na manhã desta quinta, contou que já havia denunciado o posto por vazamento de gás.
"Há tempos que há vazamento de gás desse depósito. Falei com vários gerentes do posto e no ano passado fiz denúncia ao do posto. Ele chegou a ser interditado, mas reabriu depois com o mesmo problema. Era uma tragédia anunciada", disse o vizinho, que assistia TV no momento da explosão.
Marques, que teve o telhado da área de serviço destruído contou que só teve tempo de pegar a filha de 11 anos e correr pra rua. O calor intenso fez finque o reboco das paredes externas caísse.  Ele voltou depois pra pegar os cães, um Basset, que nada sofreu é um rottweiler que teve o focinho e o dorso queimados.
Segundo o chefe de fiscalização da Agência Nacional de Petróleo, Paulo Iunes, o posto foi autuado em junho por venda de combustível de outra bandeira que não era da Petrobras. Ele fiscaliza a qualidade dos combustíveis e a pressão do gás e disse que se forem encontradas irregularidades, o posto pode ser autuado. A multa varia de R$ 5 mil a R$ 5 Milhões.
Medidor
Já o gerente do posto Ivanildo de Almeida Albuquerque disse que ocorreram três explosões e que o problema aconteceu no medidor da Ceg, que fornece o gás. Esse medidor fica dentro do compartimento onde ficam acondicionados nove cilindros de gás.
"O problema não foi no posto, basta ver que as bombas de gás não foram atingidas. O problema foi no medidor. O local não é um depósito, é um compartimento de gás, normal. Ninguém entra lá, só o pessoal que faz manutenção", disse o gerente.
O coronel Alexandre Luis Belchior dos Santos, diretor da Diretoria de Pesquisa, Perícia e teste do Corpo de Bombeiros, disse que dentro de no mínimo 30 dias deve sair o laudo do local, para determinar o que causou a explosão.  Segundo ele, o posto deve apresentar um pau de exigências  e o certificado de aprovação dos bombeiros para seu funcionamento. E que em caso de denúncias de vazamentos e outras irregularidades que possam ocorrem devem ser feitas ao quartel dos bombeiros da região.
Em nota, a Ceg descartou qualquer possibilidade do acidente ter sido ocasionado por um escapamento de gás em suas instalações. A Companhia também ressaltou que não recebeu nenhum chamado de emergência para o posto. A pedido do Corpo de Bombeiros, a Ceg interrompeu o fornecimento de gás para o posto.
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Posto ficou destruído após explosão (Foto: Alba Valéria Mendonça/G1)Posto ficou destruído após explosão (Foto: Alba Valéria Mendonça/G1)

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