terça-feira, 15 de setembro de 2015

Para cortar gastos, prefeitas do ES abrem mão de parte do salário


Prefeitas de Mimoso do Sul e de Guaçuí vão receber 20% e 10% a menos. 
Salário de secretários também serão reduzidos e horas extras cortadas.

Do G1 ES, com informações de A Gazeta
Prefeitas de Mimoso do Sul e Guaçuí, no Sul do Espírito Santo (Foto: Edson Chagas e Fábio Vicentini/ A Gazeta)Prefeitas de Mimoso do Sul e Guaçuí (Foto: Edson
Chagas e Fábio Vicentini/ A Gazeta)
Diante da crise no país, as prefeituras deMimoso do Sul e de Guaçuí, no Sul doEspírito Santo, colocaram em prática esta semana um plano radical de corte de gastos. Já a partir do próximo pagamento, as prefeitas Flávia Cysne (PSB), de Mimoso, e Vera Costa (PDT), de Guaçuí, receberão 20% e 10% a menos, respectivamente.
Em Mimoso, 54% da receita municipal já está comprometida com pagamento de servidores, sendo que o limite legal é de 51,3%. Por isso, dos quase 100 cargos comissionados, 90% já foram exonerados.
Contudo, Flávia disse que essa medida não será suficiente. A previsão é de que, até o fim do ano, 150 funcionários, entre comissionados e contratados, sejam demitidos. A prefeita também propôs cortar 20% dos salários da vice-prefeita e dos seus secretários por meio de um projeto de lei encaminhado à Câmara.
O texto será votado no dia 25. Flávia Cysne, que recebe R$ 11,8 mil, passará a receber R$ 9,4 mil.
Ela também proibiu pagamento de horas extras e gratificações. O pacote de medidas deve reduzir em R$ 390 mil os gastos até dezembro.
Outra estratégia que está sendo avaliada é a redução de secretarias, das atuais 11 para seis ou sete. “Com todas essas medidas acreditamos conseguir bons resultados e voltar à normalidade”, disse.
Decidimos cortar da própria carne e reduzir nosso salário porque é muito triste ter que demitir"
Vera Costa, prefeita de Guaçuí
Guaçuí
Em Guaçuí, a decisão do corte dos salários no primeiro escalão foi registrada em um documento oficial após reunião entre a prefeita, Vera Costa (PDT), o vice-prefeito e secretários. No acordo, eles afirmam que irão depositar a fatia proporcional a 10% dos próprios salários em uma conta da prefeitura. Vera, que recebe R$ 12 mil, terá abatimento de R$ 1,2 mil.
Na prefeitura comandada pela pedetista, cerca de 20 funcionários foram demitidos. “Decidimos cortar da própria carne e reduzir nosso salário porque é muito triste ter que demitir”, falou.
A prefeitura também cortou hora extra, reduziu o uso de combustível e proibiu a contratação de pessoal. A economia com as medidas chega a R$ 100 mil até o fim deste ano. As medidas anunciadas pelas prefeitas têm duração de quatro meses – até dezembro.
* Com informações de Lara Rosado, do jornal A Gazeta.

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