sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Motorista estava em alta velocidade ao atropelar criança, diz testemunha


Homem pode responder por homicídio doloso, segundo delegado.
Menino de dois anos foi atropelado na faixa de pedestres, em Colatina. 

Do G1 ES, com informações da TV Gazeta
Menino de 2 anos morre atropelado por moto, na faixa de pedestre, no Espírito Santo (Foto: Arquivo Pessoal)Menino de 2 anos morre atropelado por moto
(Foto: Arquivo Pessoal)
O motociclista que atropelou um menino de dois anos na faixa de pedestres em Colatina, Noroeste do Espírito Santo, pode ser indiciado por homicídio doloso, quando há intenção de matar, conforme afirmou o delegado responsável pelo caso, nesta sexta-feira (18).
O menino Dario Luiz Salvador, de dois anos, morreu após ser atropelado por uma motocicleta em uma faixa de pedestres da avenida Beira Rio, na noite desta quinta-feira (17). Ele foi socorrido por outro motorista que estava no local, mas não resistiu e morreu a caminho do hospital. O corpo da criança foi velado nesta sexta-feira, em Colatina.
O motociclista Wellington Patrik Bell de Andrade Lopes, de 20 anos, foi preso em flagrante por homicídio culposo, quando não há intenção de matar, e levado para o Centro de Detenção Provisória de Colatina, sem possibilidade de fiança.
No entanto, o delegado Hedson Felix, da Delegacia de Infrações Penais e Outros (Dipo), para onde o caso foi encaminhado, declarou que há possibilidade de o motociclista ser indiciado por homicídio doloso, quando há intenção de matar. Isso só será definido quando o inquérito for concluído, daqui a dez dias.
De acordo com o delegado Hedson Felix, cinco testemunhas do atropelamento foram ouvidas, inclusive a babá do menino.

O delegado esclareceu que quem empurrava o carrinho da criança na faixa de pedestres era a babá e não a avó, como foi informado pelo delegado de plantão.

Segundo o delegado da Dipo, a babá estava abalada quando prestou depoimento e contou que olhou para os dois lados antes de atravessar a rua, mas que a moto apareceu de repente.
Todas as testemunhas ouvidas disseram, em depoimento, que o motociclista estava em alta velocidade. O empresário Rubens Beabert estava no local no momento do acidente e ficou em choque.

"Foi uma coisa horrível. Eu não acredito que o rapaz queria atropelar a criança, mas aconteceu. Meu filho tem quatro anos de idade. Imagina você saber que seu filho foi atropelado. Foi comovente, aquilo mecheu comigo de uma maneira chocante. Eu parei o carro e não consegui mais dirigir", contou.
A Polícia Civil pediu o exame toxicológico do motorista para descobrir se ele tinha consumido algum tipo de droga. O motociclista fez o teste do bafômetro após o acidente, que deu negativo. A polícia também busca imagens de uma câmera que pode ter registrado o acidente.
Caso
O delegado de plantão, Ricardo Barbosa, contou que o acidente foi por volta das 20h, quando a babá  atravessava a faixa de pedestres na avenida, empurrando o carrinho onde estava o menino. O motociclista, um jovem de 20 anos, teria ultrapassado veículos que pararam para a travessia de pedestres e acabou atingindo o carrindo onde estava o garoto.
Segundo testemunhas, a criança foi arremessada a três metros de distância do local da batida. O menino chegou a ser socorrido por um motorista, mas morreu no hospital pouco tempo depois. A babá não ficou ferida.
Para o delegado, o motociclista negou que tenha ultrapassado os carros e disse que um ônibus estacionado atrapalhou a visão dele. O jovem contou ainda que, ao perceber a avó e o menino, tentou frear, mas estava descalço e o pé escorregou.
O motociclista fez o teste do bafômetro, que deu negativo para consumo de álcool. Ele foi indiciado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar.
A pena para esse crime é de quatro anos, mas nesse caso, segundo o delegado, há o agravante de ter sido um atropelamento em faixa de pedestres. Assim, foi considerada a pena de seis anos, impossibilitando fiança.
Ele foi levado para o CDP de Colatina. O caso será investigado pela Delegacia de Infrações Penais e Outros (Dipo). A polícia vai ouvir testemunhas e familiares nos próximos dias.

* Com informações de Gabriela Fardin e Mayara Mello, da TV Gazeta

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