Em seis meses, 708 pessoas registraram assaltos na região.
'Sai de casa e não sabe se vai voltar', diz médico que foi assaltado.
O assassinato de Ana Lúcia Neves, morta quando chegava em uma academia no bairro do Recreio, Zona Oeste do Rio, revelou a insegurança que moradores do bairro, e seus vizinhos da Barra da Tijuca, sentem. Dados do Instituto de Segurança Pública (ISP) mostram que são três roubos na região por dia.
De janeiro a julho, 708 pessoas foram assaltadas na área do batalhão da Barra da Tijuca e do Recreio. O número caiu com relação a 2014, mas subiu mais de 20% em comparação com o mesmo período de 2013.
Em nota, a PM disse que vai reforçar a segurança com policiais de moto e que vai aumentar o número de blitz para impedir o trânsito de bandidos armados.
Quando voltava para casa às 5h30, um médico que prefere não ser identificado foi assaltado na esquina da Avenida Prefeito Dulcídio Cardoso, na Barra.
"É um mal estar terrível porque a gente sai de casa e não sabe se vai voltar", afirma.
Naquele dia, ele fora a terceira vítima dos bandidos. Câmeras de segurança de condomínios da região mostram os bandidos tentando fugir. A moto, no entanto, tem um problema mecânico e eles rendem um vigilante no Bosque Marapendi para roubar a bicicleta. O rapaz que foge na bicicleta é menor de idade e foi apreendido pela Polícia. Ele já tinha três passagens. O outro, identificado como Maurício Rocha de Jesus, conseguiu fugir.
Mais feridos
Na terça-feira (1º), uma jovem de 24 anos foi esfaqueada no braço durante um assalto na Rua Mauricio da Costa Faria, por volta das 20h30. De acordo com a estudante Mila Filippo, o assaltante teria aproximadamente 13 anos e ela teria reagido ao assalto por não ter visto que o menino estava com uma faca.
Na terça-feira (1º), uma jovem de 24 anos foi esfaqueada no braço durante um assalto na Rua Mauricio da Costa Faria, por volta das 20h30. De acordo com a estudante Mila Filippo, o assaltante teria aproximadamente 13 anos e ela teria reagido ao assalto por não ter visto que o menino estava com uma faca.
"Eu estava andando sozinha na rua quando ele puxou a minha mochila. Eu falei 'solta!', e ele falou 'me dá, patricinha! Está me sacaneando?'. Eu vi que ele era criança e puxei de volta", disse Mila.
Ainda segundo a estudante, o menor abriu o bolso da frente da mochila, onde tinha R$50 e a chave dela.
"Ele pegou o dinheiro e pediu o celular, mas eu falei que não tinha mais nada porque fui assaltada outro dia e levaram o meu celular. Foi aí que ele me deu três tapas na cara, me pegou pela nuca e me deu nove cortes no braço, de propósito, com a faca", disse Mila.
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