sábado, 4 de julho de 2015

Preço do GNV vai subir 8,54% a partir de agosto


GNV-PostoOs mais de 843 mil consumidores da CEG no estado vão pagar mais caro pelo uso do gás a partir de 3 de agosto. A concessionária informou ontem que o metro cúbico do Gás Natural Veicular (GNV), por exemplo, será corrigido em 8,54% no preço final. Assim, muitos taxistas que rodam com carros convertidos para o combustível terão mais custos. Além do GNV, a CEG detalhou que haverá aumento de 2,62% no valor do gás para cliente residencial.
Já os estabelecimentos comerciais e industriais vão arcar com reajuste, conforme o consumo mensal. Para o comércio, o impacto será de até 2,84%. No caso das indústrias, de até 7,05% e para consumos médios de 8,38%.
A Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Rio (Agenersa) esclareceu, em nota, que o aumento é previsto em contrato, uma vez que a Petrobras reajusta seus preços junto às distribuidoras e consequentemente é repassado aos consumidores. Para Antonio Carlos Pinho Lopes, diretor da Empresa de Inspeção Veicular (Eiva), o aumento afetará diretamente os clientes.
“O perfil econômico do GNV é o que motiva o consumidor a converter seu veículo ao gás. O aumento do preço pode comprometer futuras conversões”, disse Lopes.
Gilberto Braga, professor de finanças do Ibmec, acredita que o consumidor não tem mais como enxugar as despesas e muitas famílias já atrasam contas de concessionárias.
André Braz, economista do Ibre da FGV, diz que o GLP (Gás Liquefeito de Petróleo) compromete cerca de 1% da renda das famílias no Rio de Janeiro.
Segundo Braz, esse aumento afeta diretamente a inflação do país, uma vez que o gás faz parte da lista de itens básicos de consumo do brasileiro. “A cada 1% de aumento no item, gera um impacto de 0,01% na inflação” afirma.
Com base no Índice de Preços ao Consumidor (IPC-Rio), 0,7% da renda do consumidor carioca é comprometida com aquisição de gás de botijão. Parece pouco mas afeta quase 1% da renda de famílias de baixa renda no estado.
Segundo o economista, o GNV não faz parte da renda familiar do taxista. Para ele </MC>impacta no custo de manutenção do veículo: “É como se fosse uma despesa para manutenção de negócio. Embora isso diminua a margem do lucro do taxista, não pode ser contabilizado como um aumento no custo de vida da família” , explica.
Segundo Braz, o peso do GNV na inflação do Brasil é de 0,20%, somente para uso familiar.

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