sábado, 11 de julho de 2015

Polícia apresenta casal suspeito de esquartejar oficial de Justiça


suspeitos11delegado 11Um casal suspeito de matar e esquartejar o oficial de Justiça Fernando Mauchar, de 57 anos, foi apresentado à imprensa na tarde deste sábado(11), durante entrevista coletiva do delegado adjunto da 146ª DP/Guarus, Pedro Emílio Braga, na sede da Região Integrada de Segurança Pública (6ª Risp), em Campos. O crime bárbaro teria motivação passional, já que há suspeita de a vítima e a mulher J.P., de 30 anos, que é gerente de uma loja, tinham uma relação amorosa. O marido dela é taxista e tem as iniciais L.Q.P., de 35 anos.
O corpo do oficial de Justiça foi encontrado esquartejado em um canavial, às margens da RJ 224(Campos/São Francisco de Itabapoana), perto de Travessão de Campos, na última quarta-feira.
Crime passional
O casal teve prisão temporária decretada por 30 dias. A forma com que ocorreu o crime chamou a atenção da polícia. A cabeça e os braços da vítima foram encontrados a uma distância de cinco metros do tronco, e uma máquina da marca maquita pode ter sido usada para cortar seus ossos. A vítima ainda levou 12 facadas no tórax.
O casal suspeito mora na Avenida Princesa Isabel, no Parque Rosário. Já a vítima morava no bairro Jardim Carioca, em Guarus. A mulher suspeita do crime já prestou queixa no mês passada na 134ª DP/Centro contra o oficial de Justiça, que a estaria pertubando, já que não aceitava o fim de uma relação. O marido da suspeita, que também figura como suspeito, estaria incomodado com os constantes assédios do oficial de Justiça.
O delegado Pedro Emílio fala, inicialmente, que a intenção de quem matou pode ter sido de ocultar o cadáver.
“A investigação se iniciou há menos de 72 horas. Tudo indica que o casal seja suspeito, se não for é uma circunstância excepcional. Recebemos a informação do encontro de cadáver na quarta-feira. A impressão que se tem que foi utilizado uma maquita para cortar os ossos. Encontramos tronco separado do quadril, num estado de decomposição que nos permitiu entender que era de dois a três dias. O corpo se encontrava sem roupas e documentos, o que dificultou a identificação”, contou o delegado, que acrescentou.
esquartejado_homem2“Conseguimos a identificação através do sistema IFPE, esse procedimento levou cerca de 24 horas. Na quinta-feira, à noite começamos o procedimento inicial padrão da família e tentando achar a ponta para iniciar a investigação. Iniciamos as oitivas(depoimentos) dos familiares. A família deixou muito claro que ele não possuía inimigos. A vítima levou diversas punhaladas no coração, foram cerca de 12 punhaladas que a levaram a óbito. Imaginamos que o corpo tenha sido desmembrado para transportar para algum lugar ou desaparecer com os vestígios”, revelou Pedro Emílio.
Segundo também o delegado, o oficial de Justiça a mulher suspeita prestou queixa contra o oficial de Justiça que a estaria pertubando.
“A vítima tinha por comportamento sumir dois, três dias. Ele tinha parentes fora da cidade e sempre viajava para visitar os familiares e não tinha o costume de avisar a família. Com as investigações, sabemos que os suspeitos J. e L. já tiveram discussões com Fernando, inclusive com ameaças de mortes de ambas partes. No último dia 16 de junho, J. fez um registro de ocorrência contra Fernando na delegacia do Centro, alegando que ele estaria pertubando o casal”.
Delegado ainda revelou como o casal foi preso
“Conseguimos matéria provatória suficiente para conseguir os mandados de prisão preventiva do casal que foi cumprido ontem. A J. foi encontrada em sua casa, no horário de almoço, no bairro IPS. Já seu marido L. que é taxista, foi abordado na rua. Até o momento os dois negam o crime. Já pedimos a quebra do sigilo bancário e telefônico do casal e da vítima. Vamos analisar os dados e conseguir obter novos indícios. Precisamos saber a motivação e dinâmica do crime. Ainda não está esclarecido se houve participação de outras pessoas”.
O delegado Pedro Emílio ressaltou a participação de policiais civis da região e agradeceu o apoio de todos que se prontificaram em ajudar para elucidar o crime.
Enterro
O enterro do oficial de Justiça ocorreu na tarde desta sexta-feira (10), no Cemitério Campo da Paz. Além de familiares, funcionários do Judiciário de Campos também foram dar o último adeus à vítima do bárbaro assassinato.
Fernando era pai de um policial civil, um delegado de Polícia e de um advogado que é assistente técnico da Prefeitura de Campos.
Como aconteceu 
O corpo foi encontrado esquartejado no final da tarde de quarta-feira (08/07), por volta das 17h30, às margens da RJ-224, estrada que liga Campos a São Francisco de Itabapoana, em um canavial na entrada da Fazenda São José, localizada a 4 km de Travessão de Campos.
A polícia informou que foi acionada por populares que passaram pelo local e encontraram o corpo.
De acordo com informações da perícia, a cabeça e os braços foram encontrados em uma distância de cinco metros do tronco.


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