segunda-feira, 20 de julho de 2015

Homem é baleado após briga de trânsito em Vitória


Professor discutiu com jovem e pai dele, e acabou baleado.
Ele foi levado para um hospital e passa bem; jovem alegou legítima defesa.

André FalcãoDa TV Gazeta
Uma briga de trânsito terminou com uma pessoa baleada no bairro Tabuazeiro, em Vitória, neste sábado (18). Quem levou o tiro foi um professor de capoeira, após agredir as outras duas pessoas envolvidas na confusão, sendo uma delas um policial civil. O professor foi socorrido para um hospital e passa bem. Ninguém foi preso. O jovem que atirou alegou legítima defesa.
Um dos envolvidos é um funcionário público de 22 anos, que contou que estava indo pegar a esposa no trabalho, por volta das 22h, quando viu o professor dirigindo em alta velocidade na direção oposta.
Policial civil foi agredido durante briga, ao tentar defender o filho (Foto: Reprodução/ TV Gazeta)Policial civil foi agredido durante briga, ao tentar
defender o filho (Foto: Reprodução/ TV Gazeta)
Ele relatou que freou o carro e abriu espaço para o outro motorista passar, mas que mesmo assim começou a confusão.
"Ele estava muito alterado, parou do lado do meu carro e começou a me xingar. Falou para eu sair do carro, pois ele era policial. Disse que não faria isso e tentei conversar, estava com medo de ele estar armado. Foi quando ele saiu e começou a chutar meu carro. Eu também saí e ele falou que a conversa comigo seria muita porrada, que ia dar porrada até me matar", lembrou.
O funcionário contou que o professor parecia estar sob efeito de álcool ou alguma droga, e questionou essa atitude.
"Perguntei o que eu tinha feito para ele e questionei como um policial estaria dirigindo bebêbado ou drogado. Foi então que ele partiu para cima de mim e eu também revidei, para me defender", disse.
O jovem falou que tomou a atitude de abandonar o carro e pedir ajuda de moradores. Um conhecido deu carona para ele até em casa, e o funcionário público pediu ajuda ao pai, que é policial civil, para resolver a situação.
"Quando voltamos, o cara não estava mais lá. Mas os moradores contaram que ele é uma pessoa agressiva, usuária de drogas e que não era policial. Nos informaram o endereço dele e fomos até lá, para conseguir mais provas para a ocorrência", contou.
Assim que chegaram à casa do professor, viram que ele estava no carro com um outro homem, não identificado. O policial civil foi até eles, com a arma em punho, e pediu que eles saíssem com as mãos na cabeça. O carona obedeceu, mas o professor não.
"Ele falou com meu pai que era soldado do BME e que ninguém ia obrigá-lo a fazer nada. Meu pai pediu a identificação dele, e foi então que ele partiu para cima do meu pai. Eu entrei na frente e tomei alguns chutes. Dava para perceber que ele praticava alguma luta", falou.
O pai acabou caindo em um buraco de uma construção na rua e a arma caiu no chão. O filho pegou a pistola e, quando o professor correu para cima dele, ele atirou duas vezes. O jovem alegou legítima defesa.

"Socorri o meu pai, levei ele para casa, dei um banho nele e fomos para o DPJ, registrar a ocorrência", disse.
Para o policial civil, se o filho não tivesse pegado a arma, os dois poderiam estar mortos. "Ainda bem que meu filho pegou a arma, pois se ele tivesse pegado, com certeza teria atirado em mim e no meu filho", falou.
Outra versão
O professor foi levado para o hospital e ouvido pela polícia no local. Ele deu outra versão sobre o caso, dizendo que foi vítima de quatro homens armados e que foi baleado por um deles.
A reportagem tentou conversar com o professor, mas ele disse que foi orientado pelo advogado a não falar sobre o caso.

O caso está sendo investigado pela Polícia Civil.

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