terça-feira, 14 de julho de 2015

Ainda sob o efeito da seca, pescadores de Campos recebem alimentos do Estado


  César Ferreira/Armando Barreto
Iniciativa visa minimizar os impactos causados pela seca na região
O Governo do Estado do Rio de Janeiro promoveu na última sexta-feira (10/07), a ação Corrente do Bem, em Campos, com a entrega de sacolas de alimentos a 300 famílias de pescadores artesanais afetadas pela seca no município. A iniciativa é desdobramento de visita feita em março deste ano pelo presidente da Fundação Instituto de Pesca do Estado do Rio de Janeiro (Fiperj), Essiomar Gomes, à Lagoa do Campelo, atingida pela estiagem.
Beneficiando trabalhadores de quatro associações de pescadores: Coroa Grande, Parque Prazeres, Rio Paraíba do Sul e Lagoa do Campelo, a ação é resultado de parceria entre a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional, Abastecimento e Pesca (Sedrap) por meio de suas vinculadas, a Fiperj e a Centrais de Abastecimento do Estado do Rio de Janeiro (Ceasa-RJ. Além de receberem as doações, os pescadores foram cadastrados pela Ceasa-RJ.
O pescador Amaro Flor, presidente da Associação dos Pescadores Artesanais da Lagoa, ressaltou a importância da doação. “A situação está bem difícil para gente, por isso ficamos satisfeitos com essa mobilização”, disse.
Para o presidente da Fiperj, a iniciativa visa minimizar os impactos causados pela seca na região.
“Ajudar essas famílias é dever do Estado, e é por isso que nós do Governo entramos em contato com as empresas parceiras para dar toda a assistência necessária aos trabalhadores”, afirmou Essiomar.
O subsecretário de Estado de Pesca e Aquicultura, Valdecir Ramiro, parabenizou o trabalho das vinculadas. “A ação feita em conjunto com a Fiperj e a Ceasa é extremamente importante para essas pessoas. Enquanto atendemos as necessidades imediatas delas, podemos tomar providências a longo prazo para a lagoa”, informou.
Também participaram das entregas o deputado estadual Antônio Marcos da Silva (Papinha), o diretor de Pesquisa e Produção da Fiperj, Augusto Pereira, o chefe do Escritório Regional Norte Fluminense I (sediado em Campos), Luis Bernabe Castillo, entre outros técnicos da Fundação e da Ceasa-RJ.
O documento, com medidas para minimizar os impactos causados pela seca a pescadores artesanais e demais profissionais do segmento, foi elaborado há cerca de quatro meses, quando Essiomar conferiu a situação da seca na Lagoa do Campelo, com uma comitiva de pescadores locais liderados por Amaro Flor, da associação da Lagoa do Campelo.
SECA NA LAGOA
No período de estiagem, moradores da localidade de Mundéus, zona rural de Campos, ficaram preocupados com a situação da Lagoa do Campelo, que por causa da estiagem passou pela pior seca de toda sua história.
A mortandade de peixes também alarmou. Segundo os pescadores, cerca de 70 famílias dependem exclusivamente da pesca, mas devido a seca, os pescados ficaram presos na rachadura do solo e na lama presente no fundo da lagoa e morreram.
O presidente da Associação dos Pescadores Artesanais da Lagoa do Campelo, Amaro Ferreira Flor, 64 anos, ressaltou no momento, que a falta de chuva não foi a causa principal da seca da lagoa. “O fechamento das comportas do Canal do Vigário, nas proximidades da extinta Usina São João, pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), impediu que a água chegasse ao local.
Segundo dados da Associação, quando ainda existia vida na lagoa, a renda familiar chegava a R$ 1.200 por mês e era possível viver de várias espécies de peixes, entre eles, robalo, camarão pitú, tilápia, carpa e sairú.

 Fonte Redação / Ascom

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