Motor do barco teria dado problema e eles estariam sendo arrastados.
Família disse que último contato foi feito por telefone no domingo (03).
Dois pescadores sumiram em alto mar na noite de domingo (3) em Vila Velha, região Metropolitana de Vitória. Valdecir Batista e Gilmar Guimarães Almeida saíram na madrugada do mesmo dia da praia da Glória, no município, em sentido a Guarapari.
A Capitania dos Portos foi acionada pela família de Valdecir, mas não iniciou as buscas até esta segunda-feira (4).
O órgão foi procurado pelo G1, mas não se pronunciou até o fechamento da matéria.
A dona de casa Roberta Batista, esposa de Valdecir, contou que o marido é pescador há três anos. Ele ligou por volta das 6h do domingo avisando que a embarcação estava com problemas.
“Ele me ligou e disse que o motor do barco não estava dando partida e que eles estavam sendo levados para dentro do mar. Eu fiquei em desespero, liguei para a Capitania dos Portos e eles não me retornaram”, disse Roberta.
Por volta das 20h30 do mesmo dia, Valdecir ligou novamente para esposa, pedindo mais uma vez pelo socorro. Depois disso, a família dele disse que não conseguiu mais entrar em contato com o pescador.
Sem respostas das Capitanias do Portos, Roberta foi até o local. Sem receber a ajuda esperada, ela alugou um barco particular por R$ 800 para iniciar as buscas pelo marido.
“Eles só me dizem que eu tenho que esperar. Aí eu contratei um barco para ir atrás dele, mas o rapaz voltou sem ele. Disse que o mar estava muito agitado, e que não daria para ir mais para dentro do mar”, contou a dona de casa.
As esperanças são o que alimenta a família dos dois pescadores. “Eu tenho muita fé que irei encontrar meu marido vivo”, falou a esposa de Valdecir.
O barco em que os pescadores estavam pertence a Valdecir, que comprou há um ano. De acordo com a esposa, ele ainda está pagando pelo veículo.
As famílias dos pescadores não se conheciam e se encontraram pela primeira vez nesta segunda-feira, na Capitania dos Portos, quando foram buscar notícias dos desaparecidos.
A filha do pescador Gilmar Guimarães, Brunna Almeida, contou que o pai pesca há quinze anos. A família que vive em Cariacicae disse estar vivendo momentos de tensão com o desaparecimento.
“Estamos todos reunidos na minha casa, nós estamos pensando na possibilidade de tentar alugar uma aeronave, já que a Capitania não iniciou as buscas”, falou a estudante.
De acordo com ela, Gilmar teria conseguido ligar para a casa dos vizinhos por volta também das 20h30. Ele disse à família que tinha tido um problema no barco, mas que era para a esposa ficar despreocupada.
“Meu pai ligou e falou isso, mas aí deu seis horas, sete horas e nós não temos nenhuma notícia dele. Estamos conversando com outros pescadores que são amigos, e fazendo nossos próprios cálculos. Acreditamos que eles devem estar chegando ao Rio de Janeiro já”, contou Brunna.
A família ainda aguarda uma resposta da Capitania do Portos. “É difícil. O mar é imprevisível, e ele (o pai) pode estar cada vez mais longe. A gente vai ver... estamos em vários familiares reunidos aqui na minha casa. Estamos vendo o que podemos fazer”, falou Brunna.
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