sexta-feira, 15 de maio de 2015

Novo mapeamento mostra que o RJ ainda preserva 30% da Mata Atlântica


Dados foram apresentados pelo Inpe nesta quinta-feira (14) no Rio.
Levantamento anterior mostrava a floresta em apenas 18,4% do estado.

Do G1 Rio
Dados divulgados nesta quinta-feira (14) indica que 30% do estado do Rio de Janeiro continuam cobertos pela Mata Atlântica, uma das áreas mais ricas em biodiversidade e ameaçadas do planeta.
Imagens anteriores captadas pelo satélite do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), mostravam menos de 18,5% de Mata Atlântica no estado. Os novos levantamentos mostram que o cenário não está tão ruim. Mas, não se trata crescimento da floresta.
O aumento das áreas verdes pode ser explicado porque, dessa vez, foi usada uma nova tecnologia que conseguiu captar trechos menores, que antes não eram vistos pelo satélite. Os dados inéditos foram divulgados num seminário no Jardim Botânico, que reuniu ambientalistas e biólogos.
“Tínhamos mapeamento que incluíam áreas acima de 3 hectares. Então como resultado do mapeamento, você identificava polígonos ou áreas de florestas que estavam desconectados. Então, a chance de você encontrar conexões era menor. À medida que você desce para observar áreas agora maior que um hectare, você começa a ver fragmentos florestais que antes você não via. Não é que regeneraram. Eles já estavam lá, mas não eram mapeados”, explicou Flávio Ponzoni, pesquisador do Inpe.
A Mata Atlântica já chegou a cobrir 17 estados brasileiros - Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, Alagoas, Sergipe, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará e Piauí. Mas, com foi devastada e hoje restam entre 7% e 12% da floresta original em todo brasil. No estado do Rio, a cidade de Paraty é a mais preservada. Quase 90% do município têm floresta.
Um dado da Fundação S.O.S Mata Atlântica chama atenção. Ele aponta que 72% dos brasileiros vivem em áreas onde antes era mata atlântica. E ter a cidade tão perto do que sobrou da floresta pode tornar as áreas verdes ainda mais vulneráveis.
Por isso, é preciso um esforço coletivo e redobrado para que essas áreas não desapareçam.
“Na medida que essa floresta desaparece, nascente desaparece e isso pode comprometer a quantidade e qualidade de água para o nosso consumo. Então, a floresta tem relação direta mesmo para quem vive nas cidades. A mata atlântica precisa contar com a participação da sociedade para garantir preservação desse patrimônio nacional”, afirmou a diretora executiva do S.O.S Mata Atlântica, Márcia Hirota.

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