Oito policiais estavam na Divisão de Homicídios da Barra por volta das 16h.
Corpo de Eduardo de Jesus, 10 anos, foi enterrado no Piauí nesta segunda.
Policiais do Batalhão de Choque foram convocados para prestar depoimento na Divisão de Homicídios (DH) da Capital sobre a morte do menino Eduardo de Jesus Ferreira, na quinta-feira (2).
Os oito PMs, que estavam às 16h desta segunda-feira (6) na delegacia, na Barra, Zona Oeste do Rio, participaram da operação em que o menino de 10 anos foi atingido na porta de casa.
A DH também apura a morte de Elisabeth Alves, atingida durante tiroteio em operação de policiais da UPP na quarta-feira (1º). A irmã de Elisabeth chegou à delegacia por volta de 16h15 para prestar depoimento.
Antes, ela participou de reunião na Alerj com familiares de outras vítimas de supostos abusos de policiais em comunidades.
Sepultamento
O corpo Eduardo de Jesus Ferreira foi enterrado por volta das 16h40 desta segunda no cemitério municipal de Correntes, a 874 km de Teresina, no Piauí.
O corpo Eduardo de Jesus Ferreira foi enterrado por volta das 16h40 desta segunda no cemitério municipal de Correntes, a 874 km de Teresina, no Piauí.
Centenas de pessoas acompanharam o sepultamento e os pais de menino, José Maria e Terezinha de Jesus Ferreira, choraram durante todo o tempo. "Perdemos o nosso Eduardo, mataram o nosso filho. Queremos Justiça", diziam.
O caixão com o corpo da criança chegou na madrugada e foi levado para uma funerária. Após uma hora, retornou ao aeroporto, de onde seguiu para Correntes. A família pernoitou em um hotel da capital e, ao chegar para o embarque, não quis falar com a imprensa.
As despesas com hospedagem e traslado de Teresina até Corrente foram pagas pelo governo do Piauí.
Homenagens
Nesta segunda-feira, os colegas da escola onde Eduardo estudava prestaram homenagens a eles. Professores e funcionários foram trabalhar com roupas pretas, em luto. As crianças fizeram cartazes para lembrar do garoto.
Homenagens
Nesta segunda-feira, os colegas da escola onde Eduardo estudava prestaram homenagens a eles. Professores e funcionários foram trabalhar com roupas pretas, em luto. As crianças fizeram cartazes para lembrar do garoto.
Desabafo
No domingo (5), os pais de Eduardo voltaram a falar em justiça e, em tom de desabafo, criticaram a ação policial que ocorreu no Complexo do Alemão.
No domingo (5), os pais de Eduardo voltaram a falar em justiça e, em tom de desabafo, criticaram a ação policial que ocorreu no Complexo do Alemão.
“A polícia sempre agiu de forma truculenta no Alemão. Nunca fomos ameaçados por bandidos, sempre pela polícia. São soldados destreinados, saem atirando em quem estiver pela frente, sem perguntar. Tanto tempo na vida vivendo em um lugar perigoso assim, nos conforta chegar em nossa terra”, disse o pai de Eduardo.
A família pretende passar alguns dias em Corrente e só voltará ao Rio para resolver algumas pendências. A mãe do garoto disse que quer voltar a morar no Piauí.
O crime
Eduardo foi baleado na porta de sua casa, no Alemão, no fim da tarde de quinta-feira (2), e morreu na hora. Terezinha diz que um policial fez o disparo.
O crime
Eduardo foi baleado na porta de sua casa, no Alemão, no fim da tarde de quinta-feira (2), e morreu na hora. Terezinha diz que um policial fez o disparo.
Os policiais que participaram da operação que culminou com a morte do menino foram afastados das ruas. A Divisão de Homicídios da Polícia Civil investiga o caso.
Neste domingo, o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, afirmou que a região do Alemão será reocupada pela Polícia Militar. O anúncio ocorreu na semana em que ao menos seis pessoas foram baleadas no complexo. O caso que ganhou mais repercussão foi o de Eduardo.
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