quarta-feira, 15 de abril de 2015

Operação cumpre mandados de prisão no RJ, SP e MG


Ação da Civil e do MP prendeu 27 pessoas, incluindo policiais.
Bando é acusado de praticar os crimes de tráfico, roubo e extorsão.

Do G1 Rio
A Polícia Civil do Rio, em parceria com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) realizou, nesta quarta-feira (15), a Operação Adren. A ação tinha como objetivo cumprir 42 mandados de prisão e 72 de busca e apreensão contra traficantes, comerciantes, quatro policiais civis e dois policiais militares. Ao todo, 27 pessoas foram presas, sendo duas em flagrante em São Paulo e três em Volta Redonda, além de duas refinarias estouradas em São Paulo.
O bando é acusado de praticar os crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico, organização criminosa, roubo, extorsão e extorsão mediante sequestro. Os mandados eram cumpridos na Região Sul Fluminense, Rio de Janeiro, São Paulo (capital e interior) e interior de Minas Gerais. Ao todo, são 43 denunciados.
De acordo com a Polícia Civil do Rio, com a implantação das UPP, uma quadrilha do estado do Rio perdeu dinheiro, armas e drogas e pediu ajuda para a principal facção criminosa de São Paulo. Como a dívida não foi paga, o bando começou a controlar pontos de venda de drogas no Sul do Estado do Rio. Trezentos agentes participam da ação.

Denúncia
De acordo com a denúncia, uma parte da quadrilha era organizada a partir de um grande núcleo fornecedor de drogas radicado na capital paulista. Este núcleo abastecia diversos traficantes da Região Sul Fluminense, que faziam a distribuição e venda da droga no Estado do Rio de Janeiro, bem como atendia a outra célula do bando, sediada nos arredores da cidade de Mogi Guaçu, no interior de São Paulo.
A operação também tem como alvo policiais corruptos, que, associados a outros traficantes transportavam, guardavam e mantinham entorpecentes em depósito, para fins de tráfico e sem autorização legal. Os suspeitos da prática são os policiais civis Guilherme Dias Coelho (conhecido como "Guilherminho"), Pablo Bafa Feijolo e Clodoaldo Antônio Pereira, associados a outros traficantes, e por vezes com auxílio do policial civil Ricardo Wilke.
O material era posteriormente repassado a integrantes da quadrilha para revenda, cujo produto era partilhado entre todos. Por vezes, parte da droga apreendida em diligências policiais era retida e transportada em carro policial e distribuída entre outros membros do bando, também para revenda.
Apurou-se ainda a existência de organização criminosa composta por policiais militares e outros criminosos, cujo propósito era a extorsão e a prática de outros crimes patrimoniais contra traficantes da região.
A Operação Adren também cumpre 64 mandados de busca e apreensão, além do sequestro de bens e valores de todos os denunciados. Ao longo das investigações, iniciadas em meados de 2014, diversas prisões foram efetuadas, bem como a apreensão de aproximadamente 65 quilos de material entorpecente e vasta quantidade de material utilizado no preparo da droga, os quais foram parcialmente localizados em refinaria mantida pela facção criminosa na capital de São Paulo.

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