Moradores viram a vítima no alto do prédio recebendo a descarga.
Dono da construção disse que não conhecia o homem.
Um homem morreu eletrocutado na obra de um prédio de três andares, em Pontal de Camburi, perto da Ponte da Passagem, no sentido Jardim da Penha, em Vitória, por volta das 7h30, desta sexta-feira (17).
Moradores ouviram um barulho de explosão e viram a vítima, no alto do prédio, recebendo a descarga elétrica.
A perícia da Polícia Civil foi ao local analisar como a vítima encostou no fio da rede elétrica que passa pela rua.
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O catador de caranguejo Juarez Alves de Souza disse que morou por algum tempo com a vítima, embaixo da Ponte da Passagem, mas que o amigo foi contratado pelos responsáveis para fazer o reboco da obra.
O operador de caldeira e vizinho da obra, Paulo Baptista, disse que viu a vítima bebendo com outros funcionários da construção, nesta quinta-feira (16).
O responsável pela construção, que preferiu não se identificar, disse que não conhecia o homem.
O Corpo de Bombeiros, uma equipe da concessionária de energia responsável, EDP Escelsa, e a perícia da Polícia Civil estiveram no local para retirar o corpo.
Irregularidade
Vizinhos disseram que a obra é irregular e que já foi embargada diversas vezes pela prefeitura. O responsável foi questionado, mas não quis falar sobre o assunto.
Vizinhos disseram que a obra é irregular e que já foi embargada diversas vezes pela prefeitura. O responsável foi questionado, mas não quis falar sobre o assunto.
A EDP Escelsa avaliou que a distância entre o fio da rede elétrica e a obra deveria ser de três metros. A rede é de média tensão, com 11.400 volts.
A orientação para quem vai construir é procurar a concessionaria, que informa o tipo de tensão e como o imóvel deve se adequar.
A Escelsa não pode multar o dono da obra, mas pode alertar a prefeitura e o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES).
A Prefeitura de Vitória disse que a obra foi iniciada sem licença e já foram feitas fiscalizações. Em nota, a administração informou que dono do prédio foi intimado e multado cinco vezes.
A obra estava embargada desde setembro de 2014 e foi registrado um boletim de ocorrência da Guarda Municipal sobre o desrespeito ao embargo. O município diz que já está tomando as providências para demolir o imóvel.
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