segunda-feira, 2 de março de 2015

Fricampos afirma estar dentro dos padrões exigidos para funcionamento


Empresa alegou que um critério não foi cumprido por questões financeiras
 Carlos Grevi

Empresa alegou que um critério não foi cumprido por questões financeiras

Após o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP/RJ) emitir parecer favorável à paralisação imediata das atividades do Frigorífico Industrial de Campos (Fricampos), por ter descumprido ações de controle ambiental que foram estabelecidas durante uma audiência de conciliação, a empresa se manifestou na manhã desta segunda-feira (02/03) e afirmou estar cumprido duas das três solicitações exigidas pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea). A Fricampos alegou que um critério não foi cumprido por questões financeiras.
solicitação para a paralisação assinada pelo promotor de justiça Victor Santos Queiroz foi enviada ao juiz da 1ª Vara Cívil, Ralph Machado Manhães Júnior, na última terça-feira (24/02). O Ministério Público atuou somente como fiscal da lei nesse processo em que o frigorífico representou contra o Inea, após o juiz responsável pelo caso abrir vistas para a Promotoria Cívil. Um relatório enviado pelo órgão ambiental à Justiça, após fiscalização no estabelecimento em janeiro deste ano, já apontava o descumprimento de parte das ações de controle ambiental, o que deixou o Fricampos em desacordo com o que foi determinado durante a audiência de conciliação em 29 de julho de 2014.
A empresa alegou não ter sido notificada pelo Inea sobre o que estaria em desacordo com os critérios estabelecidos pelo órgão. A empresa teria tomado conhecimento da ação através de matéria do Site Ururau, publicada nesse domingo (01/03).
Sobre o cumprimento do cronograma, a Fricampos explicou que durante a audiência ficou estabelecida a finalização da obra do reator biológico, uma espécie de filtro de água que tem como objetivo o reuso, o que evitaria o despejo no Rio Muriaé. A empresa ressaltou que o prazo não foi cumprido por questões financeiras, já que o frigorífico teve as atividades suspensas em meados de 2014.
“Nós ficamos parados durante algumas semanas e isso gerou despesas, nós não deixamos de pagar os funcionários, mesmo sem funcionamento. Sem contar com as despesas fixas, os refrigeradores não pararam de funcionar e isso acabou atrasando as obras”, contou Odivaldo Navarro, sócio administrador do frigorífico, que destacou que a obra não impede o funcionamento do estabelecimento, uma vez que já existe um sistema de limpeza da água que é despejada no Rio. O Fricampos teve prazo estipulado pela Justiça de cinco meses, terminados em dezembro do amo passado. 
A empresa apresentou à equipe do Site Ururau uma análise concluída em 9 de dezembro de 2014, que aponta que a água lançada no Rio está dentro dos padrões estabelecidos pelo Inea, e que, segundo a empresa, esse não seria um problema para a paralisação, já que a Estação de Tratamento de Efluentes e a esterqueira, estariam em pleno funcionamento. O Ficampos alega ainda que um relatório de vistoria assinado com data do dia 9 de janeiro foi enviado ao órgão estadual com as informações sobre essas demandas.
Um dos advogados da empresa, João Paulo Granja, disse que estão aguardando uma notificação da Justiça. “Queremos saber ao certo o que foi solicitado para sabermos o que o Inea está imputando”.
Procurado pela equipe doSite Ururau, o superintendente regional do Inea, René Justen, disse que não vai se pronunciar sobre o caso até a decisão do juiz da 1ª Vara Cível.  
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Fonte: STELLA FREITAS

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