segunda-feira, 2 de março de 2015

Falta de PM adia audiência de ativistas acusados de atos violentos



Testemunha é policial de Brasília e vai depor na capital federal no dia 9.
Audiência no Rio foi remarcada para o dia 12 de março.

Cristina BoeckelDo G1 Rio
Ativistas esperavam audiência no Plenário (Foto: Cristina Boeckel/G1)Ativistas esperavam audiência no Plenário (Foto: Cristina Boeckel/G1)
A audiência de instrução dos ativistas acusados de atos violentos em protestos no Rio de Janeiro, marcada para esta segunda-feira (2), foi adiada para o dia 12 de março. O adiamento se deu pela falta do depoimento de um policial militar de Brasília, que é testemunha de acusação.
De acordo com o Wallace Martins, advogado do réu Caio Souza, a testemunha foi listada três vezes a prestar depoimento. De acordo com ele, caso o PM não se apresente para depor na próxima audiência, os réus podem ser soltos. "Acontecerá um excesso de prazo. Os réus não podem permanecer presos assim. Ele está se subtraindo do processo judicial."
Caio é um dos três dos 23 acusados que está preso. Ele e Fábio Raposo respondem preventivamente na prisão pelo homicídio do cinegrafista Santiago Andrade, atingido por um rojão.
Igor Mendes da Silva também está preso, por ter, segundo a Justiça, descumprido medidas cautelares impostas em um habeas corpus que o havia libertado anteriormente. Elisa Quadros Pinto, conhecida como Sininho, e Karlayne Moraes da Silva Pinheiro, a Moa, também tiveram a prisão decretada pelo mesmo motivo, mas estão foragidas. Elas foram as duas únicas que não compareceram à audiência nesta segunda.
Em entrevista ao G1, Marino D'Icarahy, advogado de defesa de pelo menos seis manifestantes, afirmou que o juiz Flávio Itabaiana, da 27ª Vara Criminal, responsável pelo caso, aceitou o pedido da defesa de que os manifestantes não podem ser ouvidos antes da testemunha.
"O interrogatório e a única chance de os réus falarem no processo. Para ter o amplo direito a defesa, eles não podem depor antes da testemunha", afirmou o advogado.
Depoimento em Brasília
D'Icarahy disse ainda que vai até Brasília acompanhar o depoimento da testemunha do caso no próximo dia 9. Segundo ele, o policial em questão faz parte da PM do Distrito Federal e foi requisitado pela Força Nacional de segurança para a ocupação do Morro Santo Amaro, na Glória, na Zona Sul do Rio.
Ele teria afirmado que estava infiltrado entre os manifestantes desde março de 2014, mas o advogado de defesa contesta essa versão. Marino D'Icarahy diz que o homem já estaria infiltrado entre os ativistas desde as manifestações de junho de 2013 e diz que esta infiltração é ilegal e desautorizada pela Justiça.
"Queremos que ele preste depoimento e diga quais são os responsáveis por está irregularidade", explicou.
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