Vídeo feito por internauta mostra momento da pesca, em Itapoã, Vila Velha.
Polícia Militar Ambiental analisou o vídeo e não constatou irregularidades.
Quase duas toneladas de manjuba, uma espécie de peixe, foram pescados de uma só vez, na praia de Itapoã, em Vila Velha, no Espírito Santo, nesta quarta-feira (14). Um vídeo feito pela internauta Jennyfer Betzel mostra o momento que pescadores e banhistas puxam a rede e realizam a pesca na praia. De acordo com a Polícia Militar Ambiental, a pesca de manjuba é permitida pela legislação ambiental.
O capitão Fiorim, que coordena o trabalho de fiscalização da Polícia Militar Ambiental das praias da Grande Vitória, disse que a prática de puxada de rede, como é conhecida a técnica, é tradicional nas colônias de pescadores. "É uma das técnicas mais antigas. Desde que sou criança vejo os pescadores trabalhando dessa forma. O que é proibido pela lei é usar embarcações com motor para realizar a puxada de rede. Como eles fizeram, está de acordo", contou.
O capitão Fiorim, que coordena o trabalho de fiscalização da Polícia Militar Ambiental das praias da Grande Vitória, disse que a prática de puxada de rede, como é conhecida a técnica, é tradicional nas colônias de pescadores. "É uma das técnicas mais antigas. Desde que sou criança vejo os pescadores trabalhando dessa forma. O que é proibido pela lei é usar embarcações com motor para realizar a puxada de rede. Como eles fizeram, está de acordo", contou.
Fiorim analisou o vídeo feito pela internauta a pedido do G1 e explicou que, a princípio, nenhuma irregularidade foi constatada e por isso a pesca não pode ser considerada predatória. "Olhando o vídeo a gente não vê nada de errado. O que é preciso analisar é se existe a presença de pescadores profissionais. Nessa época do ano as pessoas da praia querem ajudar, mas é importante que profissionais estejam à frente da atividade", disse.
Ozíris Rocha Guimares, pescador há 12 anos em Itapoã, contou que as duas toneladas de peixe foram levadas para serem vendidas no mercado. "Quando a gente pesca uma quantidade grande assim um carro da cooperativa vem e leva para o mercado. Eu já cheguei a pescar sozinho uns 600 quilos de peixe. Quando isso acontece, eu vendo na praia mesmo. Mas quando o número ultrapassa isso, pedimos o apoio da cooperativa", falou o pescador.
O pescador lembrou ainda que há alguns anos os pescadores conseguiam mais do que na pesca desta quarta-feira (14). "Quando não tinha acontecido a devastação do mar era muito mais que isso. Algumas vezes já pescamos aqui 10 toneladas. Há uns cinco, a gente tirava muitas toneladas de peixe. Por causa de pescas predatórias, o número de peixes foi diminuindo. Agora que a fiscalização aumentou estamos conseguindo mais peixes".
Cuidados
Quando a rede é puxada, algumas espécies protegidas podem vir junto com os peixes. Ozíris explicou que os pescadores ficam atentos a isso e tentam tirar os animais com segurança da rede para que possam voltar para a água. "Nessa puxada de rede veio um monte de tartaruga junto. Quando isso acontece a gente não deixa nem turista tirar foto, pegamos elas e já colocamos no mar para que nada aconteça", disse.
Quando a rede é puxada, algumas espécies protegidas podem vir junto com os peixes. Ozíris explicou que os pescadores ficam atentos a isso e tentam tirar os animais com segurança da rede para que possam voltar para a água. "Nessa puxada de rede veio um monte de tartaruga junto. Quando isso acontece a gente não deixa nem turista tirar foto, pegamos elas e já colocamos no mar para que nada aconteça", disse.
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