quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Policial do Batalhão de Choque é assassinado na Baixada Fluminense


Crime ocorreu no trecho da Via Dutra em Nova Iguaçu nesta terça-feira (30).
Grupo armado atirou contra o policial e fugiu com o veículo dele.

Do G1 Rio
Um subtenente do Batalhão de Choque foi assassinado na noite desta terça-feira (30) no trecho de Nova Iguaçu da Via Dutra, na Baixada Fluminense. Por volta das 22h, um grupo de ao menos quatro criminosos roubou o carro do policial próximo ao Makro, na pista sentido Rio, e teria atirado quando perceberam que a vítima era policial. O PM morreu no local.

Identificado como José Messias Passos, o subtenente trabalha no Batalhão e era músico na banda da corporação. No momento do crime, a esposa dele também estava no carro. O casal voltava para casa no bairro de Comendador Soares, também em Nova Iguaçu, após deixar uma igreja evangélica.

Os criminosos fugiram no carro do subtenente. O caso será investigado pela Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense.

Policiais mortos
Em dezembro, chegou a 114 o número de agentes de segurança pública vítimas da violência, conforme dados contabilizados pelo Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol). A maioria dos assassinatos ocorreu durante a folga do policial, caso de Hugo Ferreira Santos, que trabalhava na UPP do Complexo do Alemão e morreu com um tiro na cabeça ao reagir a um assalto em uma padaria.
Os policiais militares são as principais vítimas da violência. Conforme o levantamento do Sinpol, até 16 de dezembro 93 PMs foram assassinados em dias de folga e 18 durante o trabalho. Na Polícia Civil, segundo o Sinpol, foram dois agentes assassinados, sendo um deles aposentado e o outro reagiu a uma tentativa de assalto enquanto estava em folga. Com morte desta quarta-feira, o número chega a 114. O Sinpol destacou que muitos policiais civis deixam a carteira funcional e a arma no trabalho para evitar serem surpreendidos no trajeto para casa ou para a delegacia.
De acordo com o Instituto de Segurança Pública (ISP), cujos dados estão atualizados até outubro, 15 PMs foram mortos enquanto trabalhavam. O órgão não contabiliza a morte de agentes em folga.

Mais de 150 cruzes
No dia 14 de dezembro, familiares dos policiais assassinados, com o apoio do sindicato, protestaram em Copacabana contra a violência que tem vitimado policiais militares e civis. Foram fincadas na areia 152 cruzes pretas, número que corresponde à soma dos policiais militares mortos entre 2013 e 2014, segundo dados da ONG Rio de Paz.
Os familiares das vítimas estão fazendo um abaixo-assinado para modificar a Constituição e incluir em crime hediondo pessoas que assassinarem policiais.
O presidente da Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares (Aspra), Vanderlei Ribeiro, de 65 anos, disse ao G1 que a categoria vive uma angústia. “O PM tem a necessidade de ser ouvido e amparado. As condições de trabalho da Polícia Militar devem ser revistas porque a estrutura estabelecida não dá condições de atender a população”, disse Ribeiro.

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