Asafe Willian Costa Ibrahim foi sepultado no Cemitério do Caju.
Pai do menino passou mal minutos antes do corpo ser enterrado.
O corpo do menino Asafe Willian Costa Ibrahim, de 9 anos, morto após ser atingido por uma bala perdida em um clube em Honório Gurgel, no Subúrbio, foi enterrado nesta sexta-feira (23), às 15h30, no Cemitério do Caju, na Zona Portuária do Rio. Familiares e amigos vestiam uma camisa com a foto e o nome do menino e os dizeres "saudade eterna".
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Alguns minutos antes do corpo ser enterrado, Wagner Rodrigues Ibrahim, pai da criança, chegou a passar mal.
Na quinta (22), Asafe teve três órgãos doados após a autorização da família. Ele estava internado no Hospital Estadual Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. De acordo com os médicos, a bala ficou alojada no olho do menino e ele passaria por uma cirurgia assim que apresentasse uma melhora no estado de saúde. No entanto, três dias depois de ser baleado, Asafe não resistiu e teve morte cerebral.
"Esse é um momento muito complicado. Eu não desejo isso pra nenhum inimigo meu. Cada vez mais a gente vê a violência aumentando. Onde isso vai terminar? As pessoas saem na rua e ficam com medo de bala perdida. O meu filho não estava no meio da rua, nem no meio de uma guerra, ele estava numa colônia de férias brincando. A gente quer um basta. A gente quer saber do estado quando isso vai acabar", disse o pai de Asafe.
Asafe tinha 9 anos e iria para o quinto ano do ensino fundamental. "Meu filho tinha a vontade de conhecer o Rio, a cidade que ele mora, e esse sonho foi tirado dele. Ele queria conhecer o Cristo Redentor, andar de bondinho do Pão de Açúcar, andar de BRT", contou Wagner Rodrigues.
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