quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Justiça intervém e entulhos na Margem da Linha começam a ser retirados


Prazo para retirada é até esta sexta, dia 09, mas Defesa Civil pode pedir prorrogação
 Thiago Macedo

Prazo para retirada é até esta sexta, dia 09, mas Defesa Civil pode pedir prorrogação

Após a intervenção do juizem exercício da 1ª Vara Cível de Campos, Ralph Manhães, que determinou o isolamento de algumas áreas e a retirada de entulhos gerados pela demolição de casas da comunidade Margem da Linha, no Parque Rodoviário, homens da Secretaria de Defesa Civil Municipal, estiveram no local na tarde desta quinta-feira (08/01) visando o cumprimento da ordem judicial.
Na ocasião, quatro máquinas e seis caminhões começaram o processo de retirada dos restos de edificações, cujo prazo, estipulado pelo juiz, termina nesta sexta-feira (09/01), de modo que se evite riscos de acidentes com moradores locais.
“Estamos agilizando o máximo possível para cumprirmos o que foi determinado pela Justiça, mas o local é muito complexo e pelos nossos cálculos iremos precisar retirar aproximadamente 800 caminhões de entulho, já que foram 290 casas demolidas, cerca de três caminhões por cada. Vamos esperar até amanhã (sexta), caso haja necessidade pediremos a prorrogação do prazo”, informou o subsecretário de Defesa Civil, major Edson Pessanha.
Além da Defesa Civil, também estive no local um conselheiro tutelar e uma equipe da Secretaria Municipal de Família e Assistência Social (SMFAS), que foram cumprir a determinação do juiz de atualizar as informações fornecidas pela Defensoria Pública à Justiça, sobre quem realmente precisa ser contemplado com casas do programa “Morar Feliz” ou aluguel social e realizar um novo cadastro das famílias.
“Viemos acompanhar essas famílias e incluí-las no aluguel social, só que a maioria não quer sair, pois preferem esperar pela conclusão da segunda etapa, que está prevista para o dia 10 de fevereiro deste ano”, informou o diretor de Habitação da SMFAS, Ubiraci Serafim Moraes.
A jovem Viviane Isac Barreto, 26 anos, disse que não sairá do local enquanto não tiver concluída a segunda etapa para as novas casas populares. Ela teme que, caso seja incluída no aluguel social, não seja contemplada com o benefício.
“Eu moro com meu marido e meus dois filhos e nós não vamos sair daqui. Meu medo é que fiquemos sem o nome da lista se formos para o aluguel social”, enfatizou a jovem que é nascida e criada na Margem da Linha.
INSPEÇÃO
Na manhã desta quarta-feira (07/01) o juiz Ralph Manhães, acompanhado de representantes da Prefeitura realizou uma inspeção na comunidade e determinou que as 30 famílias que ainda residem no local, devem ser retiradas imediatamente e a prefeitura deve arcar com o aluguel social das mesmas. Foi determinado ao poder público para que o mesmo faça o depósito em dinheiro às pessoas sem a necessidade delas apresentarem as casas a serem locadas.
O juiz da 1ª Vara Cível também pediu a antecipação da entrega das casas do “Morar Feliz” para 10 de fevereiro, um mês antes do prazo previsto. Além disso, 90 residências devem ser destinadas a famílias da referida comunidade.
Ele, ouvindo moradores do local, optou pelo novo cadastramento, quando teve acesso a depoimentos que indicam a existência de pessoas vindas do Estado da Bahia e de outros municípios, no intuito de aproveitar, de forma indevida, do programa “Morar Feliz”.
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Fonte: URURAU

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