sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Presos começam a usar tornozeleiras eletrônicas no Espírito Santo


Dois detentos passaram a usar o objeto nesta sexta-feira (19).
Eles serão monitorados 24 horas por dia.

Do G1 ES
Presos usam tornozeleiras pela primeira vez, no Espírito Santo (Foto: Divulgação/ Sejus)Presos usam tornozeleiras pela primeira vez, no Espírito Santo (Foto: Divulgação/ Sejus)

Dois presos do Espírito Santo começaram a usar, nesta sexta-feira (19), as tornozeleiras eletrônicas implantadas pela Secretaria de Justiça do Estado (Sejus). O casal de usuários de crack estava preso há 10 dias, por roubo debichos de pelúcia e chaveiros de uma loja. Segundo a Sejus, já existem 500 tornozeleiras à disposição da Justiça para serem usadas ainda neste ano. Segundo o órgão, a intenção é que no ano de 2015, o número aumente para seis mil usuários.
No primeiro dia de uso, os presidiários receberam informações sobre o equipamento, acompanhados de psicólogos. De acordo com as regras, fica proibida a entrada dos presos em estabelecimentos comerciais usando os objetos, como bares e boates, além de ser obrigatória a reclusão nas residências a partir das 20h. "Foi passado a eles um manual com as instruções. O monitoramento será feito 24h por dia, e o preso que cometer alguma infração durante esse tempo, retornará ao presídio", disse o secretário de Justiça, Eugênio Ricas.
Escolha dos presos
Segundo o secretário, foram escolhidos presos provisórios, cujas penas não ultrapassam quatro anos. "Os presos que receberam as tornozeleiras, são presos que estavam apenas há nove dias na cadeia. Por isso, o judiciário entendeu que nesses casos, ficar dentro do presídio seria ainda mais prejudicial a eles. Isso representa um avanço para o Espírito Santo, se comparado a outros estados, já que em outros lugares, a tornozeleira só é destinada a presos que cumprem o regime semiaberto", disse.
Tornozeleiras
Compostas por GPS e por dois chips de telefone, as tornozeleiras contribuem para desafogar o sistema prisional capixaba, e segundo Ricas, também colaboram com a economia do estado. "Cada tornozeleira custa aos cofres públicos R$ 163, enquanto que um preso gera gastos que saem por cerca de R$ 2,5 mil. Além de representar também um controle efetivo na segurança do estado", explicou o secretário.
Ainda segundo o secretário, o monitoramento será feito por uma equipe que diariamente controlará os passos dos detentos. "Uma equipe vai estar direto da central monitoramento esses presos. Será um acompanhamento full time, todo o tempo. Qualquer coisa que dê errado, ou qualquer necessidade que o preso solicitar, aparecerá imediatamente nas telas do nossos computadores. Será uma liberdade vigiada".
A expectativa, segundo o secretário, é que já no próximo ano, seis mil usuários recebam o equipamento. "Nós já temos 500 tornozeleiras à disposição, basta a Justiça dar o aval. E para o ano de 2015, queremos bater a meta de seis mil", finalizou.

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