segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Polícia investiga envolvimento de milicianos na morte de PM na Baixada


Milícia teria confundido PM e irmão com autores de roubo.
Criança de 2 anos foi baleada e aguardou 20 horas por atendimento.

Do G1 Rio
A polícia do Rio investiga o envolvimento da milícia na morte do policial Diego Santos de Oliveira, lotado na UPP do Morro do Turano, e do seu irmão Diego Santos de Oliveira. De acordo com o delegado da Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense, João Valentim, o militar e seu irmão, Diogo Santos de Oliveira, teriam perseguido autores de um roubo na região de Vilar dos Teles, em São João de Meriti, e acabaram sendo confundido como os autores do roubo por milicianos da localidade, como mostrou o RJTV 1ª edição.
“Os irmãos estavam atrás de possíveis autores de roubo, ocasião em que desferiram disparos, atingindo também uma criança de dois anos de idade. Após esse fato, eles fugiram do local sem socorrer os rapazes, bem como a criança. Eles foram executados por milicianos, que acreditaram que eles era os autores do roubo que eles estavam procurando outrora”, afirmou o delegado João Valentim, frisando que os milicianos teriam confundido os irmãos com os autores do roubo.
Criança atingida esperou 20 horas por atendimento
O pai da criança de 2 anos que foi baleada durante um confronto entre criminosos e um policial da UPP do Morro do Turano contou que somente 20 horas após dar entrada no Hospital da Posse, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, conseguiu a transferência do filho para uma unidade com UTI pediátrica, como mostrou o Bom Dia Rio.
“Ficamos revoltados vendo a criança sofrendo lá e nada, nada. Só chegava os outros olhava, uns mexia dali, outros mexia daqui e nada”, criticou o pai Thiago de Lima. Depois de um longo período de espera, o menino Diogo foi transferido para o Hospital Alberto Torres, em São Gonçalo. Segundo o último boletim médico divulgado pela direção do hospital, o estado de saúde da criança é grave, mas estável. Uma nova avaliação realizada na manhã desta segunda-feira (1°) deve definir se a criança precisará ou não ser subetida à cirurgia.

O menino Diogo estava brincando na calçada no Morro das Pedras quando, por volta das 21h de sábado (29), quatro homens armados, em duas motos, trocaram tiros com o PM Diego.
O pai do menino Diogo estava na rua na hora que o filho foi baleado e conta que viu dois homens numa moto perseguindo outra moto e que um deles desceu e saiu atirando. “Saiu dando tiro. Mandando todo mundo sair, sair, sair. Aí, quando a gente fomos ver meu filho lá que sofreu o resultado dele”, afirmou Thiago.

Reunião das polícias Civil e Militar
No domingo (30), o secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, convocou reunião das polícias Civil e Militar para esta segunda-feira (1º) para articular ações de segurança contra os assassinatos de policiais no Rio.
"Amanhã [segunda] mesmo nós vamos ter uma  reunião com a PM e com a Civil onde pretendemos articular algumas ações. Gostaria nesse momento de dizer que precisamos de ações institucionais articuladas. Precisamos do Legislativo, do Judiciário, do sistema prisional, nós precisamos de trabalho forte em fronteira. Nós precisamos de segurança primária. Nós precisamos de ações fortes com relação a menores", completou.
O secretário deu a declaração após participar de um evento no Maracanãzinho, Zona Norte do Rio, neste domingo, e disse que os indícios apontam para tentativas de assaltos
"O que a gente tem a princípio foram tentativas de assalto, mas isso não interessa para nós. São policiais, são servidores do Estado. Nós vamos atrás dos autores desses episódios", disse.
Também neste domingo o relações públicas da Polícia Militar, coronel Claúdio Costa, disse em entrevista para a Globonews que não há relação entre as mortes dos policiais. Ele descartou a possibilidade de facções criminosas terem ordenado esses ataques.
Pezão defende penas mais severas
O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, defendeu na quarta-feira (26) a punição mais severa para criminosos que matarem policiais, e fez críticas ao órgãos de defesa dos Direitos Humanos.

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