quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Justiça suspende antecipação dos royalties e Prefeitura vai recorrer


Decisão foi proferida pela 2ª Vara Cível em ação popular do vereador Rafael Diniz (PPS)
 Ururau

Decisão foi proferida pela 2ª Vara Cível em ação popular do vereador Rafael Diniz (PPS)

Em decisão liminar proferida pelo Juiz Felipe Pinelli, a 2ª Vara Cível de Campos suspendeu a antecipação da participação especial dos royalties do petróleo da Prefeitura de Campos, em ação popular do vereador oposicionista Rafael Diniz (PPS), representado pelo advogado Jose Paes Neto. A decisão foi anunciada pelo vereador na sessão da manhã desta quarta-feira (03/12), na Câmara Municipal de Campos.
Com a liminar a prefeitura fica impedida de realizar operações de credito com empresas públicas decorrentes de royalties, participações especiais e compensações financeiras relacionadas à exploração do petróleo e gás natural, conforme previsto na Lei 0123/2014 aprovada pela maioria dos vereadores na sessão do ultimo dia 18 de novembro.
Na tribuna, Rafael Diniz (PPS) disse que a população esperava uma resposta do poder judiciário, sobre o que os vereadores de oposição classificam como venda dos royalties: “Lamentavelmente esta lei foi aprovada pela Câmara de Vereadores, vendendo os royalties do petróleo, entregando os nossos royalties. O Poder Público acha que esse dinheiro é dele, não é, o dinheiro é nosso, é da população”, disse o vereador.
O vereador Mauro Silva (PT do B), saiu em defesa do governo, já que o líder, Paulo Hirano (PR) está afastado por problemas de saúde. Mauro lembrou que o governo do Estado do Rio de Janeiro já solicitou antecipação dos royalties do petróleo, o que comprova ser uma prática já utilizada.
“Decisão judicial não se discute, se cumpre. O governo vai recorrer desta liminar em instâncias superiores. É importante explicar que o governo não está vendendo os royalties, o governo está querendo a antecipação de uma das quatro participações especiais, que recebe todo ano. É bom lembrar que o governo do Estado antecipou os seus royalties até 2024, ou seja, além do mandato do atual governador”, rebateu Mauro Silva.
Em nota, a Prefeitura de Campos anuncia que “a Procuradoria Geral do Município ainda não foi notificada e que irá recorrer da decisão, sustentando que todo o procedimento de cessão de crédito seguiu o estabelecido pelo ordenamento jurídico vigente, se assemelhando a outras operações realizadas, tanto pelo Estado do Rio de Janeiro como por outros Municípios brasileiros, junto ao Banco do Brasil”.
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Fonte: URURAU

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