terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Filho confirma que mãe foi vítima de suposto serial killer: 'Vai pagar', diz


João Roberto reconheceu a casa da mãe por reportagem e foi à polícia.
'Acho que foi uma vítima aleatória', acredita filho de Marilene Brito.

Alba Valéria Mendonça e Daniel SilveiraDo G1 Rio
Parentes de Marilene de Oliveira Silva de Brito, de 47 anos, morta a facadas no dia 23 de janeiro, no RJ (Foto: Alba Valéria Mendonça/ G1)Filhos de Marilene, morta a facadas no dia 23 de janeiro (Foto: Alba Valéria Mendonça/ G1)
Aos poucos, a polícia vai tentando juntar os fatos e listar os crimes atribuídos ao suposto serial killer Sailson José das Graças. Nesta segunda-feira (15), filhos de Marilene de Oliveira Silva de Brito, morta a facadas em janeiro, foram à Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense (DH) após reconhecerem a casa da mãe em uma reportagem do Bom Dia Rio. Na saída, um deles, João Roberto, disse ter confirmado a autoria do crime.
"Para a família é um alívio, como tirar um piano de cima das costas. Depois de 11 meses, é um alívio. Mas a família vai continuar desestruturada pela falta dela. Já pensei várias coisas e quis ir atrás dele, não sabia bem o que fazer. Mas agora é com a polícia. Infelizmente, neste país se faz justiça, mas ela é injusta. Ele vai ficar preso uns 30 anos, mas disse que depois que for solto vai voltar a matar. Tinha vontade de ficar de frente com ele pra saber porque ele escolheu a minha mãe, que era trabalhadora. Acho que ela foi uma vítima aleatória, mas se ela morreu a mando de alguém, essa pessoa vai pagar", desabafou ele.
A polícia informou que Sailson deve ser indiciado por 11 crimes. Ele é suspeito de ter participado de pelo menos sete homicídios e quatro tentativas de homicídio. De acordo com policiais da Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense, em Belford Roxo, ele deve ser transferido para um presídio em breve.
Suspeito confessou 43 mortes
Sailson diz ter matado 43 pessoas em nove anos. Preso na Polinter, na Cidade da Polícia, foi conduzido novamente à Divisão de Homicídios para ajudar nas investigações.
"Eu gostava de cometer [crimes] do mês de janeiro para julho. Mês mais que tem chuva, facilitava porque não tem ninguém na rua", disse Saílson aos investigadores.
A polícia informou que a forma com que ele agia dificulta as investigações. "A forma que ele praticava o crime dificulta muito a investigação. Ele era um cara que procurava lugares escuros, sem câmera, mulheres que moravam sozinhas, mais fracas", disse o delegado que investiga o caso.

Nenhum comentário:

Postar um comentário