César Colnago e Gilsinho Lopes se reuniram com Geraldo Alckmin.
Médico foi visto pela última vez no dia 26 de novembro.
Os deputados César Colnago e Gilsinho Lopes se reuniram com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, nesta quinta-feira (11), para pedir à polícia do estado prioridade nas investigações do desaparecimento do médico capixaba Roberto Gomes, visto pela última vez há 15 dias. Além disso, uma reunião entre Lopes e o delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Luiz Maurício Blazeck, para falar sobre as investigações está prevista para esta sexta-feira (12). Polícia trabalha com a hipótese de o oncologista ter desaparecido depois de saber de alguma informação ruim sobre sua saúde.
Roberto Gomes viajou de Vitória para São Paulo no dia 26 de novembro, uma quarta-feira, para participar do lançamento da segunda edição de um livro do qual ele é co-autor. O evento aconteceu na Assembleia Legislativa de São Paulo. Na ocasião, ele deu entrevista para a TV Assembleia sobre câncer de mama. Na sexta-feira, Roberto ligou para a mulher e disse que a passagem de volta para Vitória era sábado à noite, mas que ele anteciparia para sábado de manhã, desde então, ele nunca mais manteve contato.
Nesta quinta-feira (11), a Delegacia de Pessoas Desaparecidas de São Paulo avaliou mais imagens da plataforma das Estações da Consolação e Paulista. Além disso, investigadores analisam imagens das câmeras de videomonitoramento da Avenida Paulista, agora com extensão até o bairro Pinheiros.
O presidente da Comissão de Segurança da Assembleia Legislativa do Espírito Santo, o deputado estadual Gilsinho Lopes, informou que as buscas continuam intensas. “As equipes da Polícia Civil estão em peso nas ruas”, disse.
Buscas
Todas as viaturas das Polícia Civil e Militar e da Guarda Metropolitana do Estado de São Paulo recebem, a partir desta sexta-feira (12), fotos do oncologista capixaba Roberto Gomes. Além da distribuição de fotos, e análise de imagens das câmeras de videomonitoramento, cães farejadores também estão sendo usados para buscar pistas que possam desvendar o desaparecimento do oncolgista.
Todas as viaturas das Polícia Civil e Militar e da Guarda Metropolitana do Estado de São Paulo recebem, a partir desta sexta-feira (12), fotos do oncologista capixaba Roberto Gomes. Além da distribuição de fotos, e análise de imagens das câmeras de videomonitoramento, cães farejadores também estão sendo usados para buscar pistas que possam desvendar o desaparecimento do oncolgista.
Segundo informações divulgadas na terça-feira (9), imagens registradas pela polícia mostram a ação de um cão farejador em busca de rastros do médico que desapareceu em São Paulo. O ponto de partida foi o hotel onde o oncologista ficou hospedado por três dias. Bruno cheirou a bagagem que o médico deixou na recepção e uma escova de dente.
As imagens mostram o cão seguindo o provável caminho feito pelo médico antes de desaparecer. Com policiais civis ao lado, e a adestradora segurando uma guia, ele percorreu a calçada da Avenida Paulista.
No vídeo é possível ver o cachorro entrar na Estação Consolação do Metrô. Ele leva a equipe até a plataforma e para. A pista de Roberto Gomes foi perdida neste ponto. Ele pode ter entrado num trem do Metrô. A polícia de São Paulo vai analisar novamente as imagens da estação do metrô de Consolação e Paulista e também as imagens das cameras da Avenida Paulista em busca de mais pistas.
Em depoimento à polícia de São Paulo, a mulher e os filhos do médico disseram que Roberto Gomes fez exames no dia em que chegou ao estado. Ele retirou os resultados pela internet, no dia em que desapareceu. A polícia trabalha com a hipótese dele ter desaparecido depois de saber de alguma informação ruim sobre sua saúde.
Nesta quinta-feira (11), a polícia ouviu uma mulher que disse ter visto o médico andando pelo bairro Santa Cecilia, na semana passada. Ela disse que ele parecia desorientado.
Família
O filho do oncologista, Leonardo Gomes, foi para São Paulo para acompanhar as investigações. Para a família, a cada minuto sem notícias aumenta a aflição. “Estamos muito nervosos, porque quando a gente acha que está chegando em algum lugar, a informação não está concreta, mas a gente está tentando mobilizar todo mundo”, disse Roberta Gomes, filha do médico.
O filho do oncologista, Leonardo Gomes, foi para São Paulo para acompanhar as investigações. Para a família, a cada minuto sem notícias aumenta a aflição. “Estamos muito nervosos, porque quando a gente acha que está chegando em algum lugar, a informação não está concreta, mas a gente está tentando mobilizar todo mundo”, disse Roberta Gomes, filha do médico.
Um amigo da família também foi até São Paulo. Para ele, o mais estranho é o médico ter desaparecido em um local tão conhecido e movimentado. “Na principal avenida da maior cidade do país, num horário de pico, de movimento. A explicação mais provável é que ele tenha tido um mal súbito ou passado mal, esteja abrigado em algum lugar ou algum hospital, porque ele estava sem documento. Isso é o que estamos achando mais plausível de ter acontecido”, disse Hugo Cibien.
Roberta acrescentou que o pai estava tomando um antialérgico, mas não sabe quais tipos de efeito colateral pode causar. “Ele tinha labirintite, que pode ser algum sinal. Mas a gente tem que pensar que é uma pessoa de 67 anos e que pode ter algum tipo de problema de saúde, independente do medicamento. Também existe a hipótese de ele estar até agora vagando pela rua”, disse.
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Hotel
O chefe de segurança do hotel disse à reportagem que na sexta-feira (28), por volta 11h30, o médico pagou a despesa em dinheiro e pediu para guardar a mala na recepção do hotel. No local ficaram a mala com roupas, documentos e o celular.
O chefe de segurança do hotel disse à reportagem que na sexta-feira (28), por volta 11h30, o médico pagou a despesa em dinheiro e pediu para guardar a mala na recepção do hotel. No local ficaram a mala com roupas, documentos e o celular.
O chefe de segurança disse que na frente do hotel tem um ponto de táxi, mas o médico seguiu a pé em direção contrária. Um quarteirão à frente, no bairro Bela Vista, fica a avenida Paulista, um local que, segundo a família, ele conhecia bem. “Eu sei que ele gosta da região da Bela vista porque já fez residência. Meu pai morou em São Paulo”, disse a filha Roberta Gomes.
Câmeras do hotel onde o oncologista Roberto Gomes, de 67 anos, ficou hospedado registraram a saída dele na manhã de sexta-feira (28). O médico saiu com pouco dinheiro no bolso e usou cartões bancários na quinta-feira para comprar remédios e na sexta, quando comprou uma passagem para Vitória. Ele não confirmou o embarque, marcado para o sábado. Nesta terça-feira (3), investigadores da Delegacia de Pessoas Desaparecidos estiveram no hotel.
Roberto Gomes comandou 39 trabalhos científicos, coordenou quatro cursos internacionais de cancerologia, recebeu 23 prêmios (quatro internacionais) e foi homenageado com 21 Placas de Prata. Em 2012, ele foi eleito Capixaba do Ano na área da Saúde.
* Com colaboração de Alexandre Lemos, do Jornal A Gazeta
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