Menina recebeu sedativo para fazer exame para identificar problema na visão.
Clínica informou que vai investigar o caso.
Uma criança de um ano e 6 meses morreu após receber um sedativo e fazer uma ressonância, em uma clínica particular de Vitória, nesta segunda-feira (8). O procedimento tinha como objetivo descobrir um problema na visão da menina. Luany Kalke passou mal logo depois de ser examinada, e foi encaminhada ao Hospital Infantil de Vitória, mas não resistiu. Por meio de nota, a clínica informou que vai investigar o caso e que aguarda a apuração das causas da morte. Sem resposta para a morte da filha, os pais registraram um boletim de ocorrência e o caso está sendo investigado. Luany foi enterrada no final desta tarde, em São Domingos do Norte. Delegado está aguardando o laudo do Departamento Médico Legal (DML) para dar início ao inquérito policial.
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Luany é de Águia Branca, no Noroeste doEspírito Santo, e esteve na capital para fazer uma ressonância no rosto. O exame era para saber se o problema que ela tinha no olho esquerdo era causado por uma má formação nos ossos, ou se era estrabismo, como alguns médicos já haviam falado.
O exame foi feito em uma clínica que fica no bairro Mário Cyprestes, em Vitória. A unidade é particular, mas também atende pelo Sistema Único de Saúde. Quase que imediatamente após a sedação, a criança deu sinais de que não estava bem. “Ele (médico) encaixou um tubo de inalação e começou a fazer o procedimento sedativo nela. Nessa hora, ela reagiu como um choque. Perguntei porque ela tinha feito aquilo e ele falou ‘é para ela dormir’”, disse a mãe, Lucimar Kalke.
Depois disso, o médico pediu que a mulher saísse da sala e, depois, disse que a criança estava com a respiração “cansada”. “Eu falei ‘então tira ela de lá’ e ele disse ‘ eu não posso, tenho que continuar o procedimento’”, contou Lucimar.
Para o pai da menina, Luis Gonzaga dos Santos, o procedimento deveria ter sido interrompido. “No momento que eu vi que ela apresentava um quadro que não era legal, nós imploramos para poder tirar do aparelho e dar uma assistência melhor. Ela falou para deixar por conta dele, porque ele sabia o que estava fazendo. Fez a gente sair da sala e quando foi socorrer minha filha, já estava num quadro que não tinha mais volta”, lamentou.
Logo após o exame, a menina foi levada pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para o Hospital Infantil de Vitória. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), a menina já chegou à unidade em estado grave, não resistiu e morreu.
Na clínica, ninguém quis falar com a imprensa. Em nota, a unidade informou que vai investigar o caso e que aguarda a apuração das causas da morte de Luany. Só depois, a clínica pretende se manifestar ou tomar qualquer atitude.
O corpo da menina foi levado para o Departamento Médico Legal de Vitória, onde as causas da morte serão investigadas. A família procurou a Divisão de Homicídios e Proteção a Pessoa, também na capital, e fez um boletim de ocorrência. Delegado informou que está aguardando o laudo do DML para dar início ao inquérito policial.
* Com colaboração de Fábio Linhares e Gabriela Fardin, da TV Gazeta
* Com colaboração de Fábio Linhares e Gabriela Fardin, da TV Gazeta
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