Marcelo Esqueff
Município não possui hospitais com recursos de urgência, paciente foi atendido em Campos
“Meu pai está correndo risco de morte e a gente não sabe mais o que fazer e nem a quem recorrer”. O desabafo foi do guarda civil municipal de São Francisco de Itabapoana (SFI), Marco Antônio Tavares da Silva Ressiguieu, cujo pai infartado esperou desde segunda-feira (08/12) por uma vaga na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), nos hospitais públicos de Campos.
Na noite desta quinta-feira (11/12), após a interferência do Site Ururau que procurou o secretário de Saúde e vice-prefeito de Campos, Dr. Chicão, a fim de tentar uma solução para o fato, uma vaga no Hospital Santa Casa de Misericórdia de Campos foi aberta para o paciente.
ENTENDA O CASO
José Carlos da Silva, 64 anos, teria dado entrada na segunda, por volta das 15h45, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), com quadro de infarto agudo do miocárdio e se encontrava no hospital até às 20h40 desta quinta, onde esperava por uma vaga de UTI, já que a UPA não tem aparato nem equipamentos para esses casos.
José Carlos da Silva, 64 anos, teria dado entrada na segunda, por volta das 15h45, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), com quadro de infarto agudo do miocárdio e se encontrava no hospital até às 20h40 desta quinta, onde esperava por uma vaga de UTI, já que a UPA não tem aparato nem equipamentos para esses casos.
“Na UPA o médico disse que ia colocar o nome dele no sistema pedindo vaga com urgência numa UTI, onde ele pudesse fazer uma angioplastia e o cateterismo, só que o médico de lá, colocou o nome dele no sistema errado e ele foi parar na enfermaria clínica. Na terça-feira (09/12), a vaga saiu para enfermaria e não o aceitaram porque ele está infartado, e lá não teria condições de fazer o monitoramento cardíaco e todo procedimento que ele precisasse”, informou Marco Antônio.
Na terça-feira a tarde foi solicitada ao sistema a vaga de UTI, vindo a médica de plantão constatar o erro e pedir novos exames que pudesse confirmar o quadro clínico do paciente. No mesmo dia a noite, o nome de José Carlos foi aceito.
“De lá pra cá estamos lutando por uma vaga. Viemos ao Fórum Maria Tereza Gusmão onde o defensor público, Joel Francisco Colnago, fez o possível e o impossível para nos ajudar. Ele conseguiu fazer a petição que foi expedida pela juíza Adriana, a qual assinou o mandado judicial que foi entregue pela oficial de justiça Mariana na manhã desta quinta-feira pedindo a vaga de UTI com o máximo de urgência possível. Só que até agora não tivemos nenhuma resposta nem da Prefeitura nem da Secretaria de Saúde”, lamentou o guarda informando que o pai está internado no Setor Amarelo da UPA.
Procurado pelo Site Ururau, Dr. Chicão informou que não estava sabendo do mandado judicial e que tomaria, ainda nesta quinta-feira, as devidas providências com relação a vaga de UTI para o paciente, o que foi feito de imediato.
“Existe uma fila que precisa ser respeitada, mas como o caso dele foi expedido pela justiça, ele terá preferência”, afirmou.
Publicidade
Nenhum comentário:
Postar um comentário